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Opinião

- Publicada em 26 de Maio de 2017 às 16:15

Um deserto de homens e ideias

O título em epígrafe revela um conceito do genial Osvaldo Aranha que, numa de suas memoráveis alocuções, declarou: "O Brasil é um deserto de homens e ideias". Essa prédica, exarada há mais de 70 anos, ainda hoje é vigente, válida, oportuna e continua intacta e cada vez mais atual.
O título em epígrafe revela um conceito do genial Osvaldo Aranha que, numa de suas memoráveis alocuções, declarou: "O Brasil é um deserto de homens e ideias". Essa prédica, exarada há mais de 70 anos, ainda hoje é vigente, válida, oportuna e continua intacta e cada vez mais atual.
Esse deserto é muito mais profundo, insondável e abismático que à primeira vista parece. E de um significado histórico sem precedentes. Estamos vivendo um momento desesperador sem nenhum representante do povo, de nenhum partido político que possa avocar a complexa condição de liderança nacional e de assumir a toga da nação. E tal inaptidão e incompetência devem-se aos regimes ditatoriais de esquerda e direita, responsáveis pela supressão da liberdade de pensar, de discriminar e de eleger cidadãos capazes de uma liderança honesta, salutar e ética. Essa aturdida e inadmissível situação do quadro político atual - sem homens capazes e de ausência total de lideranças, de orientação, sem hegemonia, sem ascendência superior, sem autoridade moral e cívica - reduz-nos a um nada universal. Toda essa ignomínia leva a aviltarmo-nos por ter nascido aqui, e a submetermo-nos ao acachapante epíteto "de pobres diabos". Esse é o modelo da cultura prevalente e que despenca sobre nós como um petardo arrasador. Os culpados estão se desculpando através das delações premiadas, modalidade atrabiliária de incentivar a infidelidade, a deslealdade e a traição, como uma forma sub-reptícia e furtiva de evidenciar segredos incógnitos, que no fundo favorecem os corruptos, que assim conseguem abrandar as penas. Neste horizonte obscuro e incerto em que estamos vivendo, ainda não surgiu alguém a quem caiba o honroso título de líder nacional. Tal carência deve-se ao fato de se atribuir aos homens dignos e honestos a capacidade de conquistar tal honraria, porém estes temem enfrentá-la pelo temor de serem assemelhados aos políticos atuais.
Psicanalista e jornalista
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