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Opinião

- Publicada em 25 de Maio de 2017 às 17:50

Sem ordem, o progresso econômico não voltará

Manifestações públicas são democráticas e estão previstas em lei. Porém, a mesma lei que as autoriza determina que sejam promovidas de maneira controlada, com prévia autorização das autoridades de segurança e sem violência e depredações, como ocorreram na Capital Federal na quarta-feira, e cujos responsáveis, com os prejuízos que causaram, devem ser indiciados.
Manifestações públicas são democráticas e estão previstas em lei. Porém, a mesma lei que as autoriza determina que sejam promovidas de maneira controlada, com prévia autorização das autoridades de segurança e sem violência e depredações, como ocorreram na Capital Federal na quarta-feira, e cujos responsáveis, com os prejuízos que causaram, devem ser indiciados.
As manifestações em Brasília não seguiram, como está ficando habitual, as normas mais comezinhas para evitar confrontos com as forças policiais. Agora, um novo debate, sobre o emprego do Exército para evitar que a Capital Federal se transformasse em um campo de batalha.
Mas manter a lei e a ordem interna no Brasil está no nosso ordenamento jurídico e prevê o emprego das Forças Armadas. Para determinar a convocação dos militares, o governo federal recorreu ao instrumento de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que nos últimos anos foi acionado em operações de segurança nas Olimpíadas de 2016 e na crise dos presídios no início de 2017, sendo que o Distrito Federal foi palco de 151 manifestações nos últimos dois anos.
Infelizmente, o País sofre de uma desordem nos meios político-administrativos que se espalha pelas capitais do País, em nome de atitudes denominadas de democráticas pelos chamados movimentos sociais.
No entanto, sem ordem, sem a rotina administrativa pública e particular, não voltaremos ao progresso que todos almejam e à retomada econômica. Por meio dela, a geração de empregos que possam recolocar muitos dos 14,2 milhões de desempregados que perambulam em busca de um posto formal.
A dicotomia político-ideológica prejudica o País. Mesmo que alguns digam que em tudo haja ideologia, o que se combate é o fanatismo e a intolerância exercida em nome de pensamentos diferentes.
O antagonismo está indo além dos limites toleráveis. Gritar contra a corrupção e pedir a saída do presidente da República, Michel Temer (PMDB), não pode se transformar em anarquia. Nem dos que apoiam, nem dos que são contra.
Tentar invadir o Congresso - como antes, aqui no Estado, ocorreu na Assembleia Legislativa -, sob o argumento de que "é a Casa do Povo", não resiste a uma lógica elementar: é preciso acordo com as lideranças das manifestações pró e contra, levando em conta o número de pessoas e visando à capacidade dos locais.
Ainda que todos tenham o direito de discordar e, assim, se manifestar, cabe repertir: que o façam, mas dentro da lei e da ordem, nos limites da Constituição.
A corrupção - e a falta de combate aos crimes a ela associados - dominou as passeatas desde 2013. No entanto, todos os Poderes da República representam um corte vertical na sociedade brasileira, com suas virtudes e defeitos. Ou seja, nós todos.
O que tem se verificado é muita desordem em nome do direito democrático ao protesto. Ficar indicando nomes para ocupar o Palácio do Planalto após uma possível saída, por vontade própria ou não, de Michel Temer não contribui em nada.
Temos a Constituição, e segui-la é o que todo cidadão deve fazer. Logo, se permitirem o funcionamento das instituições, uma solução pacífica será encontrada. Resta, tão somente, aguardar, dentro da ordem e da lei, que os caminhos jurídicos sejam apontados por quem de direito e que a crise política tenha um ponto final, para o bem do Brasil. Com ordem, certamente voltaremos ao progresso.
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