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Opinião

- Publicada em 25 de Maio de 2017 às 16:24

Não adianta chorar o leite derramado

Era uma vez um jovem casal que se conheceu, vivenciou uma linda história de amor, teve filhos, morava em uma confortável casa onde, todas as manhãs, em uma bela mesa degustavam seu café da manhã. E viveram felizes para sempre... A redação do parágrafo anterior, por certo, permeou a infância da maioria dos adultos e, por mais que sejam líquidas as relações afetivas na contemporaneidade como dizia Baumann, esse imaginário ainda é utilizado como sinônimo de família feliz. A verdade é que o final de um relacionamento afetivo, por maiores que sejam os sofrimentos causados, não representa necessariamente o início de um "trem fantasma", com um futuro obscuro, incerto e que, a cada passo, um susto se aproximará. Aqueles que terminam um casamento ou uma união estável traçaram momentos de crescimento recíproco, vitórias que somente ocorreram com a cumplicidade e, ainda mais, na maioria das vezes, com frutos que perdurarão pela eternidade. Mostra-se necessário que todos os envolvidos possam visualizar que a prática é muito melhor do que o discurso. Como ensinar a prole a ser compreensiva com as diferenças nas redes sociais ou a dividir os seus pertences com os amigos quando, por outro lado, definir a escola ou a programação de fim de semana do filho transforma-se na III Guerra Mundial? Como criar autonomia nas crianças se, a cada nova decisão a respeito dos filhos precisa da intervenção do Ministério Público ou do Poder Judiciário? Os filhos necessitam ser cuidados. Não existe "ex-filho" e, por maior que seja a sua frustração com seu ex-parceiro(a), é imperioso compreender que novos relacionamentos podem surgir, mas, por outro lado, a infância e adolescência do seu filho é uma só. Depois, não adianta chorar o leite derramado, nem as lágrimas derramadas: a memória afetiva do filho ficará marcada com a intransigência, egoísmo e imaturidade daqueles que deveriam, justamente, ser titulares de exemplos antagônicos a esse.
Era uma vez um jovem casal que se conheceu, vivenciou uma linda história de amor, teve filhos, morava em uma confortável casa onde, todas as manhãs, em uma bela mesa degustavam seu café da manhã. E viveram felizes para sempre... A redação do parágrafo anterior, por certo, permeou a infância da maioria dos adultos e, por mais que sejam líquidas as relações afetivas na contemporaneidade como dizia Baumann, esse imaginário ainda é utilizado como sinônimo de família feliz. A verdade é que o final de um relacionamento afetivo, por maiores que sejam os sofrimentos causados, não representa necessariamente o início de um "trem fantasma", com um futuro obscuro, incerto e que, a cada passo, um susto se aproximará. Aqueles que terminam um casamento ou uma união estável traçaram momentos de crescimento recíproco, vitórias que somente ocorreram com a cumplicidade e, ainda mais, na maioria das vezes, com frutos que perdurarão pela eternidade. Mostra-se necessário que todos os envolvidos possam visualizar que a prática é muito melhor do que o discurso. Como ensinar a prole a ser compreensiva com as diferenças nas redes sociais ou a dividir os seus pertences com os amigos quando, por outro lado, definir a escola ou a programação de fim de semana do filho transforma-se na III Guerra Mundial? Como criar autonomia nas crianças se, a cada nova decisão a respeito dos filhos precisa da intervenção do Ministério Público ou do Poder Judiciário? Os filhos necessitam ser cuidados. Não existe "ex-filho" e, por maior que seja a sua frustração com seu ex-parceiro(a), é imperioso compreender que novos relacionamentos podem surgir, mas, por outro lado, a infância e adolescência do seu filho é uma só. Depois, não adianta chorar o leite derramado, nem as lágrimas derramadas: a memória afetiva do filho ficará marcada com a intransigência, egoísmo e imaturidade daqueles que deveriam, justamente, ser titulares de exemplos antagônicos a esse.
Advogado, presidente do Ibdfam-RS
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