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Opinião

- Publicada em 17 de Maio de 2017 às 17:31

População vive mais e muda os perfis de consumo

Hoje em dia, na maioria dos países, as populações estão vivendo mais tempo com mais saúde e energia do que há cerca de 40 anos. E esse público tem, geralmente, um bom poder de consumo, mesmo que não seja alvo de campanhas publicitárias como aquelas dirigidas aos jovens, especialmente às mulheres, como é mais do que visível em jornais, rádios e TVs. Se, até os anos de 1960, quem tinha 50 anos era considerado um "velho", isso não tem mais o menor cabimento desde algumas décadas.
Hoje em dia, na maioria dos países, as populações estão vivendo mais tempo com mais saúde e energia do que há cerca de 40 anos. E esse público tem, geralmente, um bom poder de consumo, mesmo que não seja alvo de campanhas publicitárias como aquelas dirigidas aos jovens, especialmente às mulheres, como é mais do que visível em jornais, rádios e TVs. Se, até os anos de 1960, quem tinha 50 anos era considerado um "velho", isso não tem mais o menor cabimento desde algumas décadas.
Estudo do Fundo de População das Nações Unidas e HelpAge indica que, no mundo, uma em cada nove pessoas tem 60 anos de idade ou mais. Igualmente, é estimado o aumento dessa proporção para uma em cada 5 pessoas por volta de 2050. Na década de 1960, a expectativa de vida no Brasil era de 50 anos, e hoje saltou para 74, com uma forte mudança de comportamento do público a partir desta faixa de idade.
Por isso, pessoas que têm entre 40 e 60 anos de idade ainda projetam novas carreiras, novos relacionamentos e novos hábitos de consumo. Também aposentar-se ou não ter mais qualquer atividade laboral se tornou menos comum.
Os avanços da medicina e as mudanças nos padrões de comportamento formam um conjunto no qual homens e mulheres da nova geração podem viver de uma forma completamente diferente de seus pais e avós. Isso pode ser notado pela quantidade de pessoas nessa idade presentes nas academias, nos parques e nos centros estéticos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou que a média de vida dos brasileiros aumentou para mais de 74 anos. No entanto, a questão que se coloca é se apenas devemos viver mais, envelhecendo com muitos problemas daí decorrentes, ou se, ao contrário, é melhor viver menos, mas com qualidade. Não se pode proibir idosos, por exemplo, que passaram toda uma vida tomando um cálice de vinho e, que, aos 90 anos, por pressão da família, são levados ao médico com o pedido impositivo de: "doutor, proíba ele, ou ela, de beber vinho".
Muitos médicos alertam que, a rigor, pode ser um erro. Mais vale a felicidade pessoal do idoso com o cálice de vinho às refeições do que mandar "caminhar, sair de casa, frequentar esse ou aquele local" se o idoso não se sente confortável ou feliz praticando outros hábitos no final da vida. Não raro, a atitude de proibição com a imposição na visita ao médico demonstra uma incompreensão da família e da sociedade.
A população no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, além dos países asiáticos, onde a longevidade sempre foi maior, está envelhecendo. Isso é bom, mas precisa de uma postura mais real por parte dos que cercam os idosos. Para açucarar a questão, muitos chamam os ditos até há pouco "velhos" como "juventude acumulada". Ora, ser velho é humilhante? Há até mesmo a gerontophobia, o medo do envelhecimento. A mídia tem responsabilidade nisso, pois, nos padrões de beleza, raramente apresenta idosos. O modelo de beleza e sucesso está aliado com pele jovem. Mas a velhice não é uma doença, embora muitas estatísticas pareçam dizer o contrário.
Temos exacerbação da juventude, e a juventude deve ter o seu lugar. Afinal, é o futuro. Ela tem que ser ouvida, os jovens têm responsabilidades, mas isso não é uma competição, ou uma corrida entre gerações, porém uma cooperação intergeracional. É, sim, um fato, vivemos mais, ficamos mais velhos, e é certamente uma conquista da espécie, mas também um desafio. Um desafio para o Brasil, entre tantos países, que precisa ser enfrentado com inteligência.
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