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Internacional

- Publicada em 29 de Maio de 2017 às 15:34

Novo teste balístico é ameaça ao Sul

Kim Jong-un assistiu ao teste e mandou iniciar produção em série

Kim Jong-un assistiu ao teste e mandou iniciar produção em série


KCNA VIA KNS/KCNA VIA KNS/AFP/JC
O terceiro teste balístico da Coreia do Norte em três semanas parece não ter comprovado nenhuma mudança significativa em suas capacidades tecnológicas. Mesmo assim, a medida deve complicar ainda mais os esforços do novo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de se aproximar de Pyongyang.
O terceiro teste balístico da Coreia do Norte em três semanas parece não ter comprovado nenhuma mudança significativa em suas capacidades tecnológicas. Mesmo assim, a medida deve complicar ainda mais os esforços do novo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, de se aproximar de Pyongyang.
O míssil de curto alcance lançado na manhã de segunda-feira (noite de domingo no Brasil), voou durante seis minutos até cair sobre as águas entre a península coreana e o Japão. O projétil, do tipo Scud, foi lançado da cidade costeira de Wonsan e voou cerca de 450 quilômetros. Este é o último de uma série de lançamentos feitos pelo regime norte-coreano na região, que busca construir um míssil capaz de levar uma ogiva nuclear até os Estados Unidos. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, assistiu ao teste e ficou satisfeito com o resultado, dando ordem para se iniciar a produção em série do armamento.
Apesar de ainda não ter capacidade comprovada para produzir esse tipo de artefato, a Coreia do Norte tem um arsenal confiável de mísseis de curto alcance. Isso significa que Pyongyang pode estar utilizando esse tipo de teste para mostrar aos EUA que é capaz de atingir tanto alvos próximos quanto longínquos, um gesto de desafio que é corroborado por ameaças vagas contra Washington e seus aliados próximos.
Os mísseis Scud podem atingir tropas norte-americanas na Coreia do Sul, por exemplo. Outros dois tipos de mísseis exibidos também neste ano têm potencial de atingir alvos no Japão, na Ilha Guam e, segundo alguns analistas, até no Alasca.
Na Coreia do Sul, os sucessivos lançamentos são vistos como uma dor de cabeça para Moon, que assumiu a presidência em 10 de maio, após um longo processo de desgaste político que culminou no impeachment de sua predecessora, Park Geun-hye. Na campanha, Moon prometeu buscar mais diálogo e cooperação econômica com o Norte - Park adotava uma linha mais dura nesse assunto.
"Isto é ruim para Moon Jae-in, e cria uma expectativa muito alta para a mudança de postura política em relação à Coreia do Norte", diz Jung Kim, professor de Ciência Política da Universidade de Seul. "Sem ao menos uma mudança da postura da Coreia do Norte, fica muito difícil justificar qualquer mudança de rota no momento."
Para Cory Gardner, senador e presidente do subcomitê de Relações Exteriores para o Sudeste Asiático, a repetição dos disparos sublinha a indiferença com que Pyongyang recebe o novo presidente. "Caso Moon deseje tomar uma atitude diferente da perseguida pelo outro governo, isto aparentemente não ficou refletido na Coreia do Norte, que já lançou três mísseis desde que ele assumiu o poder", afirmou Gardner.
 
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