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No Tecnopuc, foto para central do Empresas &Neg�cios com 5 mulheres que ocupam posi��es importantes na TI ga�cha e que servem de inspira��o para ajudar que novas representantes do sexo feminino se interesse pelo setor.
Na foto: Gabriela Ferreira Foto: /FREDY VIEIRA/JC

Gabriela Ferreira

Diretora de Inova��o e Desenvolvimento da Pucrs

Outone-se

A aceleração do tempo deixou de ser assunto de laboratórios de física para fazer parte de qualquer roda de conversa. O mundo está mudando de forma cada vez mais rápida e, nessa velocidade, também se alteram os hábitos e as demandas dos consumidores. As respostas dos empreendimentos têm de acompanhar o novo ritmo, mas as etapas do ciclo pouco se alteram. Os produtos nascem, na maioria das vezes, tímidos, como brotam os parreirais na primavera: um pequeno sopro de vida verde em um mar de galhos secos. Crescem mais ou menos, rapidamente, dando o tom ao ambiente, ao mercado ou ao seu nicho. O tempo do ciclo de vida pode variar bastante. Alguns produtos ficam décadas na fase de maturidade. Outros, têm ascensão e queda meteórica. E, depois da maturidade, chega um momento em que o produto perde seu espaço e fica obsoleto.
Não importa quando, mas, se o contexto muda, chega um momento em que é preciso se recriar. E isso não é bom nem ruim, é uma característica do processo. As empresas têm de, como dizem os futuristas, tentar quebrar seu negócio antes que outros o façam. Não se trata de pessimismo, ao contrário; isso é acreditar na capacidade da necessária reinvenção dos produtos. Para vê-los surgir novamente, como as novas folhas depois do inverno.
Porém, fazer isso nos negócios não é, como na natureza, deixar acontecer. É preciso trabalhar muito, e rápido, nesse tempo em que o ciclo do produto desacelera. Olhar para fora e reanalisar o mercado, monitorar a evolução de tendências e ver como os concorrentes estão suprindo a demanda com outros produtos. Olhar para dentro também é essencial. Custos, recursos e competências devem ser reavaliados e realimentados, quando for o caso.
E, então, às vezes, chega a hora, talvez a parte mais difícil, de tomar a decisão de mudar. O conceito, o foco, os clientes. Ou a cor, a embalagem, o canal de distribuição. E ainda existe a possibilidade, menos frequente, de se confirmar tudo o que vinha sendo feito até então. O resultado final, neste caso o grau de mudança, não é o principal. O fundamental é que tenha como base uma análise realista e criteriosa dos contextos interno e externo e que seja embasado na convergência entre o que o mercado quer e o propósito da empresa. O parreiral parece voltar sempre igual na primavera, e quem se importa?
Nos negócios, como também na vida, é preciso outonar. Deixar cair as folhas, mudar de ideia, até matar um produto. Para renascer novo, melhor, com mais vigor. Mais adaptado ao mundo e ao mercado que evoluiu. E para isso não é preciso perder a essência, o conceito, o valor principal a ser entregue.
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