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PETROQUÍMICA

- Publicada em 19 de Maio de 2017 às 16:59

Setor estima crescimento em 2017, embora pequeno

Abiplast prevê R$ 55,8 bilhões de faturamento, 1% a mais do que 2016

Abiplast prevê R$ 55,8 bilhões de faturamento, 1% a mais do que 2016


BRASKEM/BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JC
A projeção do balanço econômico da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) é que o faturamento do setor em 2017 chegue a R$ 55,8 bilhões, ou seja, um aumento de 1% em relação a 2016, quando o valor foi de 55,3 bilhões. Este montante significou queda de 11,1% na comparação com 2015. Apesar do índice pequeno, a expectativa de retomada do crescimento já é encarada como positiva pelo presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho. "Os dados indicam que o pior já passou", diz ele.
A projeção do balanço econômico da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) é que o faturamento do setor em 2017 chegue a R$ 55,8 bilhões, ou seja, um aumento de 1% em relação a 2016, quando o valor foi de 55,3 bilhões. Este montante significou queda de 11,1% na comparação com 2015. Apesar do índice pequeno, a expectativa de retomada do crescimento já é encarada como positiva pelo presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho. "Os dados indicam que o pior já passou", diz ele.
A projeção para 2017 é de que a produção física de produtos plásticos também apresente resultado positivo, com aumento de 1,24% ante 2016 (6,32 milhões de toneladas). Os setores demandantes do plástico também vêm apresentando expectativas mais positivas. No entanto, os postos de trabalho deverão sofrer retração de 1,8% em relação ao ano anterior.
A Abiplast prevê em 2017 o fechamento de 6 mil postos em todo País. No Rio Grande do Sul, a situação parece estar melhor. Somente em dezembro houve mais demissões que contratações em 2016, corte de 381 vagas. Em janeiro e fevereiro de 2017, a indústria do plástico gaúcha já gerou 682 vagas, segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS (Sinplast-RS) Edilson Deitos. "Não ficamos totalmente imunes a esse cenário, mas conseguimos nos descolar dos números negativos a nível nacional. Nossa queda de volume transformado foi muito próxima de zero e cinco empresas assinaram protocolo junto ao Fundo Operação Empresa (Fundopem), com investimentos previstos de R$ 35 milhões", afirma o dirigente.
Apesar da instabilidade política, Deitos garante que os empresários gaúchos estão mais confiantes. "Avançamos em discussões antigas, como em relação à lei trabalhista, e especificamente no caso da indústria, a questão da Norma Regulamentadora NR-12, com novas regras para fiscalização de máquinas e equipamentos, demanda antiga e parcialmente atendida no início deste ano", completa.
Apesar do crescimento da demanda, alguns sinais trazem preocupação ao setor. Conforme a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o índice de vendas internas apresentou recuo pelo segundo mês consecutivo. O resultado mostra desaceleração no ritmo de melhora de mercado, que vinha sendo percebido de 2016 até janeiro último. As importações no primeiro bimestre, em comparação ao mesmo período anterior, cresceram 67,4% em volume, sobretudo pelo aumento das compras de intermediários para fertilizantes, que cresceram 118%.

Gestão e foco para superar dificuldades

caderno da industria 2017 petroquimica Roni Braun e Rubimar Gehlen da Silva credito divulgacao HERC divulgacao JC

caderno da industria 2017 petroquimica Roni Braun e Rubimar Gehlen da Silva credito divulgacao HERC divulgacao JC


HERC/HERC/DIVULGAÇÃO/JC
As dificuldades de 2016 exigiram um esforço extra para a equipe da Herc, de Porto Alegre, que se focou na eficiência operacional, gestão de custos e ações direcionadas de mercado. Os diretores da empresa Roni Braun e Rubimar Gehlen da Silva ainda preveem um período de dificuldades a curto e médio prazos, mas, no futuro, é possível enxergar um cenário um pouco melhor, mesmo que com muita cautela.
"Os períodos de crise nos ensinam como lidar com diferentes tipos de situações e os investimentos passam a ser pontuais, pois devem trazer retornos de efeito imediato. Um exemplo são os processos de automação industrial, que a empresa investe fortemente, e ações comerciais", afirma Braun.

Braskem projeta investimento bilionário neste ano

A Braskem planeja investir cerca de R$ 1,8 bilhão em 2017, dos quais a maior parcela é destinada ao Brasil, para manutenção, produtividade, eficiência operacional e programa de investimento para o uso de etano como matéria-prima no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia. Segundo Edison Terra, vice-presidente da unidade de Poliolefinas, Renováveis e Europa, a empresa também segue investindo na eficiência operacional de suas unidades, com o foco direcionado na produtividade e competitividade de seu parque industrial, buscando o aumento das taxas de utilização como forma de se preparar para a retomada da economia.
"Os desafios do cenário macroeconômico de 2016 permanecem. No entanto, esperamos um ano de recuperação, mas com previsão de crescimento ainda modestos e com um déficit importante em relação ao mercado de 2013, patamar anterior à queda de três anos consecutivos", diz o executivo.
Em 2016, a Braskem alcançou índices elevados de produção e vendas que resultaram em recorde do indicador Ebitda, crescimento de 23% em relação ao ano anterior.