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Dia da Indústria

- Publicada em 02 de Maio de 2017 às 18:08

Falta de crédito aflige micro e pequenas empresas

Burocracia e carga tributária são grandes desafios, destaca Simone

Burocracia e carga tributária são grandes desafios, destaca Simone


ITAMAR AGUIAR/ITAMAR AGUIAR/AGÊNCIA FREELANCER/JC
A presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), Simone Leite, considera que, além do capital de giro, a burocracia ainda é um dos principais desafios que as micro e pequenas empresas têm de enfrentar.
A presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), Simone Leite, considera que, além do capital de giro, a burocracia ainda é um dos principais desafios que as micro e pequenas empresas têm de enfrentar.
Jornal do Comércio - As pequenas empresas já estão retomando o nível de atividades? Já há sinais de melhora?
Simone Leite - Sim. Mas há uma diferença nessa retomada, que nós observamos e que uma pesquisa interna na Federasul mostrou que ocorre em dois momentos distintos. Um se refere às micro e pequenas empresas do Interior, e outra realidade é a de micro e pequenas empresas da Região Metropolitana. As micro e pequenas no Interior ficaram abaladas em função da crise, mas já conseguem retomar suas atividades, principalmente em função da safra. Houve um incremento nos postos de trabalho, muitos voltados para o agronegócio, e isso tudo traz renda para a sociedade e para a comunidade, que se reverte no uso de produtos e serviços e no próprio consumo nas cidades do Interior. Já na Região Metropolitana, o que nós percebemos foi que, além da crise, tem a questão da segurança pública, que continua abalando. Não só postos de trabalho foram fechados, mas empresas foram fechadas. O principal ponto é que falta crédito para as micro e pequenas empresas. Percebemos que uma média e uma grande empresa têm acesso a crédito mais facilitado, mas as micro e pequenas não têm garantias para dar e não têm acesso ao crédito. Não foram só os postos de trabalho, mas as empresas que fecharam, e estes próprios empresários estão endividados. Eles estão com problemas, também precisam de renda para suas famílias, estão se colocando no mercado de trabalho. E eles nem figuram nas estatísticas como desempregados, porque não estavam empregados com carteira assinada.
JC - Como as entidades empresariais podem apoiar para reverter essa situação?
Simone - O nosso papel é dar apoio total às reformas que são importantes. A trabalhista, por si só, não vai reaquecer a economia nem ampliar as vagas de trabalho, mas vai contribuir para que se possa viver num cenário mais estável no País, e isso tudo contribui para a retomada da economia. . Temos uma expectativa boa para 2017, mas de forma muito cautelosa, apoiados nessas medidas. A economia tem vários vieses, e um deles é a confiança, que está muito balizada pelo próprio governo. A crise começou em função de uma crise política. E é preciso trazer essa estabilidade através das reformas. Por exemplo, o ajuste fiscal é fundamental para que respingue a curto e médio prazo. A nível estadual, apoiamos as reformas apresentadas pelo governo Sartori.
JC - Qual o principal desafio para esses empreendedores?
Simone - A burocracia para abrir e manter uma empresa. A carga tributária é outro grande desafio, e o próprio capital de giro. São pontos que não dependem só do empreendedor, mas o negócio depende disso.
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