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Dia da Indústria

- Publicada em 02 de Maio de 2017 às 18:02

Escoamento da energia ainda é o principal desafio

Deitos cita meta de fornecer energia a preços compatíveis

Deitos cita meta de fornecer energia a preços compatíveis


/JOÃO ALVES/DIVULGAÇÃO/JC
O Rio Grande do Sul ainda enfrenta algumas carências na área energética. O coordenador do Grupo Temático de Energia do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Fiergs, Edílson Deitos, ressalta que o setor energético no Estado está com um sério comprometimento. Ele lembra que o motivo pelo qual 127 Projetos Eólicos em um total de 3.087 MW - aproximadamente R$ 18 bilhões - foram vetados para o segundo Leilão de Energia de Reserva (LER), que ocorreria em dezembro de 2016, ainda está presente.
O Rio Grande do Sul ainda enfrenta algumas carências na área energética. O coordenador do Grupo Temático de Energia do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Fiergs, Edílson Deitos, ressalta que o setor energético no Estado está com um sério comprometimento. Ele lembra que o motivo pelo qual 127 Projetos Eólicos em um total de 3.087 MW - aproximadamente R$ 18 bilhões - foram vetados para o segundo Leilão de Energia de Reserva (LER), que ocorreria em dezembro de 2016, ainda está presente.
"O motivo principal seria a impossibilidade de escoamento da energia, que seria produzida pelos projetos, pela falta de linhas de Transmissão de Energia e Subestações. Essas deveriam estar sendo implantadas no Estado pela Eletrosul, que ainda está tentando vender tal concessão, pois não tem capacidade de honrar os compromissos assumidos no leilão de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)", afirma. Para superar esse obstáculo, a Eletrosul está em negociações com a chinesa Shanghai Electric para a venda de um lote de concessões para a construção de linhas de transmissão de energia no Sul. A Shanghai apresentou uma proposta pelos ativos em uma chamada pública aberta pela empresa.
Em abril, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) aprovou a concessão de financiamento de R$ 679 milhões à empresa Atlantic Energias Renováveis S.A. para implantação do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul. O empreendimento, orçado em R$ 1,2 bilhão, é formado por 12 parques geradores e sistema de transmissão associado, com potência instalada de 207 megawatts (MW), suficiente para atender a cerca de 400 mil residências ou 1,2 milhões de habitantes.
Rodrigo Rosa de Souza, um dos sócios do escritório Souza Berger Advogados e membro do Comitê Estratégico de Energia da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham POA), destaca a importância dos projetos de energia renovável, lembrando que são contratos de venda de energia por 20 anos, o que fomenta a indústria de forma direta e indireta, além de aproximar a geração de energia dos consumidores. "Novos empreendimentos, porém, dependem do sistema de transmissão do Estado", pondera.
Deitos, por sua vez, considera que, pelas condições favoráveis no Estado, o setor de geração com fonte eólica deverá predominar. "Em 2017, no segmento de geração descentralizada de energia, a tendência de crescimento do número de projetos deve continuar, pois muitos consumidores estão buscando uma forma de se garantir de futuros aumentos de energia. Neste segmento, a predominância deverá ser de energia solar fotovoltaica", acrescenta. Ele ressalta que disponibilidade de energia elétrica com qualidade, confiabilidade e preços compatíveis com a realidade do País foi sempre e continuará sendo uma meta para o setor industrial. Pela importância deste insumo para garantir o desenvolvimento, competitividade, geração de empregos e arrecadação de impostos.
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