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CONSTRUÇÃO CIVIL

- Publicada em 02 de Maio de 2017 às 17:54

Sinais de recuperação são percebidos no setor imobiliário

Lideranças do setor atentam para movimentação na busca por imóveis

Lideranças do setor atentam para movimentação na busca por imóveis


MARCO QUINTANA/MARCO QUINTANA/JC
"Estamos ouvindo lá longe os clarins de uma marcha vitoriosa." A afirmação é do presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-RS), Moacyr Schukster, ao se manifestar sobre as perspectivas do setor imobiliário para 2017, e o seu otimismo é baseado em alguns sinais, como a reversão do desemprego - cuja curva ascendente começa a ceder - e a "pujança do Interior", alimentada principalmente pela boa safra. Schukster considera que o mercado está reagindo e cita alguns exemplos. Um deles é o fato de que, embora tenha havido redução no número do registro de escrituras em Porto Alegre, passando de 40.406 para 33.897 nos últimos cinco anos, houve evolução no valor médio dos imóveis, pois a arrecadação de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), no mesmo período, teve acréscimo de 33,85%.
"Estamos ouvindo lá longe os clarins de uma marcha vitoriosa." A afirmação é do presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-RS), Moacyr Schukster, ao se manifestar sobre as perspectivas do setor imobiliário para 2017, e o seu otimismo é baseado em alguns sinais, como a reversão do desemprego - cuja curva ascendente começa a ceder - e a "pujança do Interior", alimentada principalmente pela boa safra. Schukster considera que o mercado está reagindo e cita alguns exemplos. Um deles é o fato de que, embora tenha havido redução no número do registro de escrituras em Porto Alegre, passando de 40.406 para 33.897 nos últimos cinco anos, houve evolução no valor médio dos imóveis, pois a arrecadação de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), no mesmo período, teve acréscimo de 33,85%.
A locação de imóveis residenciais também está em boa situação. "Em 100 meses, o preço das locações aumentou 89,4%, mostrando que essa é uma boa aplicação". O presidente do Secovi-RS acredita que "a fisionomia do mercado estará diferente, porque irá aumentar a confiança do empresário", mas ressalva que a recuperação do nível do emprego é fundamental para que a economia também retome o fôlego.
A melhora da percepção sobre a situação atual impulsionou a confiança da construção do Brasil, em abril, para o nível mais alto em dois anos, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,4 ponto em abril e foi a 76,5 pontos. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) teve alta de 2,9 pontos, alcançando 65,7 pontos, o maior patamar desde dezembro de 2015.
Em um segundo relatório, a FGV informou que o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M) recuou 0,08% em abril, sobre 0,36% em março. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve variação negativa de 0,18%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,26%. O índice referente à Mão de Obra não apresentou variação. No mês anterior, a taxa de variação foi de 0,45%, e seis capitais apresentaram desaceleração em suas taxas de variação, entre as quais Porto Alegre. 
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Ricardo Antunes Sessegolo, considera que o governo federal e a equipe econômica "estão fazendo o possível e o impossível para recolocar o País de volta no rumo do crescimento". "Há muita seriedade, muito planejamento, o que não se via. O governo ter aprovado o limite dos gastos foi um avanço, agora vem as reformas, a terceirização foi uma vitória", complementa.
A construção civil é o primeiro setor a sentir os efeitos da crise e um dos últimos a se recuperar. Nesse sentido, Sessegolo diz que o mercado já está movimentado, com clientes entrando nos sites para analisar imóveis disponíveis e indo aos plantões de venda para verificar condições de negociação.

Clima favorável para negociações

Batista destaca retomada das vendas da Nex, que tem 3.577 unidades em construção

Batista destaca retomada das vendas da Nex, que tem 3.577 unidades em construção


ARQUIVO PESSOAL/ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Uma das maiores incorporadoras do Estado e com empreendimentos para diferentes perfis de clientes, a Nex Group começa a perceber um cenário mais positivo. "Alguns indicadores estão começando a ficar mais favoráveis, como a redução na taxa de juros, que impacta na redução das taxas de financiamento. Percebe-se também um clima mais favorável de negociação, assim como um pouco mais de otimismo por parte dos empresários e adquirentes", afirma o diretor comercial Vinicius Batista.
A projeção da empresa é para a entrega de 2.122 unidades ao longo de 2017, distribuídas em cinco empreendimentos. Em abril, a Nex promoveu um grande evento imobiliário, a Semana do Compromisso Nex, e em apenas três semanas, comercializou mais de 150 unidades. Um mês antes, a empresa havia lançado o Mirantes do Parque, em Canoas, cujas vendas já superam as 350 unidades. "Neste cenário, parece sim estar havendo uma retomada das vendas", constata Batista.
Segundo ele, atualmente a empresa está com 3.577 unidades em construção, que serão entregues entre 2017 e 2019. Os imóveis que mais estão vendendo são os da faixa entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, e os que têm valor de R$ 300 mil a R$ 500 mil. "Os imóveis de alto e altíssimo padrão, a partir de R$ 1 milhão, estão vendendo, mas num ritmo muito mais lento", complementa o diretor.