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Dia da Indústria

- Publicada em 02 de Maio de 2017 às 17:28

Ano deve ser de austeridade para produção de leite

Apesar das dificuldades, produtores de leite destacam que ainda há espaço para crescer

Apesar das dificuldades, produtores de leite destacam que ainda há espaço para crescer


EMATER RS/EMATER RS/ASCAR/DIVULGAÇÃO/JC
Resultado de uma cadeia produtiva sujeita a variáveis internas e externas, a produção de leite não vive o otimismo presente em outros setores do agronegócio. Por um lado, os criadores de gado têm encontrado insumos a preços bem menores que os do ano passado. Mas os altos índices de desemprego e a queda no poder aquisitivo da população urbana influem na queda do consumo dos laticínios - tendência que dificilmente será revertida em 2017.
Resultado de uma cadeia produtiva sujeita a variáveis internas e externas, a produção de leite não vive o otimismo presente em outros setores do agronegócio. Por um lado, os criadores de gado têm encontrado insumos a preços bem menores que os do ano passado. Mas os altos índices de desemprego e a queda no poder aquisitivo da população urbana influem na queda do consumo dos laticínios - tendência que dificilmente será revertida em 2017.
"Em 2015 e 2016, as indústrias compraram menos leite do que em 2014, o que indica redução no consumo", observa o zootecnista Jaime Ries, assistente técnico estadual do setor do leite da Emater-RS. "Enquanto não houver melhoria nas condições de renda das famílias, o setor não voltará a crescer", prevê.
Um indicativo das dificuldades enfrentadas pelo setor costuma ser o índice de importações de leite em pó, que chegou a bater recordes históricos em 2016. No início deste ano, o ritmo se manteve. "Em janeiro e fevereiro, importaram-se 35 milhões de quilos. Em 2016, no mesmo período, tinham sido 15,79 milhões", explica o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra.
Entidades do setor argumentam que o poder público deveria interferir nesse processo. "O governo poderia monitorar importações e estabelecer cotas", propõe o presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios, Ernesto Krug, lembrando que já existem cotas para produtos argentinos, mas não para a importação de países como o Uruguai - que vendeu ao Brasil 6,8 mil toneladas apenas em janeiro deste ano.
Nesse cenário, a expectativa é de que os obstáculos dos últimos dois anos levem a uma queda no número de produtores de leite no Estado. Uma ampla pesquisa realizada pela Emater e pelo Instituto Gaúcho do Leite (IGL), em 2015, apontou que o Estado tinha cerca de 84 mil produtores na indústria leiteira. Os dados serão atualizados neste ano, e a previsão é de que esse número tenha uma redução de 15%. "Os pequenos produtores, acabaram ficando para trás", explica Ries. Na contramão, um sinal de otimismo veio de indústrias como Lactalis e Santa Clara, que anunciaram investimentos de mais de R$ 200 milhões em ampliação da capacidade de produção.
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