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Economia

- Publicada em 25 de Maio de 2017 às 14:00

Petrobras: preferência por apenas 3 campos seguiu critério técnico e financeiro

Agência Estado
Limitações financeiras por conta do comprometimento do caixa com o pagamento de dívidas somadas a critérios técnicos levaram a Petrobras a escolher ser operadora em apenas três, dos oito reservatórios de pré-sal que serão oferecidos em leilão pela União neste ano.
Limitações financeiras por conta do comprometimento do caixa com o pagamento de dívidas somadas a critérios técnicos levaram a Petrobras a escolher ser operadora em apenas três, dos oito reservatórios de pré-sal que serão oferecidos em leilão pela União neste ano.
O presidente da companhia, Pedro Parente, afirmou que "restrições de natureza financeira" pesaram na escolha, mas também critérios técnicos como o risco exploratório, o investimento em infraestrutura logística que cada área demanda, a integração com os campos já operados pela Petrobras e o perfil geológico que vai determinar o tipo de equipamento que deve ser usado nas áreas.
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (25) pela manhã que vai exercer o direito legal garantido a ela de operar no pré-sal as áreas de Sapinhoá e Peroba e Alto de Cabo Frio Central. A empresa abriu mão de reservatórios considerados atrativos, como Pau Brasil.
"Todas as áreas (de pré-sal que vão a leilão neste ano) são muito boas. Mas a decisão é relativa. Nenhum dos campos é ruim", disse Parente, em coletiva de imprensa.
O executivo acrescentou ainda que a Petrobras poderá concorrer por outras áreas além das três para as quais indicou preferência. A partir de agora, iniciará a fase de conversas com outras petroleiras para a formação de consórcio, modelo prioritário na estratégia da companhia. É possível ainda que a empresa escolha ter participação superior ao mínimo de 30%, previstos em Lei.
Em coletiva de imprensa, a diretora de Exploração e Produção da estatal, Solange Guedes, destacou também que a empresa está de olho nos blocos que serão oferecidos na 14ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em regime de concessão. "Continuaremos a avaliar demais áreas oferecidas nos leilões", acrescentou.
Para dar conta de tantos investimentos, alguns projetos foram postergados, como a exploração de campos marítimos na Bahia. Assim, a estatal informou que conseguirá dar conta do pagamento de R$ 810 milhões em bônus de assinatura para operar os três blocos para os quais indicou preferência.
O valor equivale a 0,3% do seu planejamento estratégico para o período de 2017 a 2021. O investimento na exploração e no desenvolvimento da área acontecerão no futuro e farão parte apenas das extensões do atual plano de negócios.
O presidente da Petrobras esteve reunido com a presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos, na noite de quarta, para discutir a venda de participações da estatal em distribuidoras estaduais de gás natural.
Em coletiva de imprensa para divulgar as áreas de pré-sal para as quais a estatal vai exercer o direito de preferência previsto em Lei, Parente informou ainda que está mantida a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até o fim de 2018.
"Estamos recomeçando o processo e evoluímos com dois anúncios seguidos", disse o executivo, acrescentando considerar natural que o programa de desinvestimento tenha ficado mais lento neste ano, após a readequação do modelo de venda dos ativos às exigências do Tribunal de Contas da União (TCU).
Sobre a atual crise política, Parente afirmou que a Petrobras "trabalha para cumprir o planejamento estratégico" e que acontecimentos pontuais não podem interferir na indústria petroleira, cujos investimentos e retornos são de longo prazo. "Não podemos estar presos a decisões de curto prazo", afirmou.
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