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Indústria

- Publicada em 24 de Maio de 2017 às 18:15

Produção cai e indústrias enfrentam dificuldades para superar recessão

Depois da leve recuperação em março, a produção da indústria voltou a cair em abril. Segundo a Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor ainda encontra dificuldades para superar a "recessão econômica" enfrentada pelo País.
Depois da leve recuperação em março, a produção da indústria voltou a cair em abril. Segundo a Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor ainda encontra dificuldades para superar a "recessão econômica" enfrentada pelo País.
O emprego e o nível de utilização da capacidade instalada também recuaram no mês passado, e os empresários estão menos otimistas em relação a emprego, demanda, exportações e compra de matéria-prima. O indicador de evolução da produção caiu para 41,6 pontos, o de número de empregados ficou em 47 pontos, e o de utilização da capacidade instalada, em relação ao usual, diminuiu para 36,6 pontos.
Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos. Quando estão abaixo de 50 pontos, revelam queda; e acima de 50, crescimento. O estudo destaca que os feriados são responsáveis por parte das quedas registradas no mês. Abril teve 17 dias úteis, ante 23 dias de março. "Embora seja comum uma diminuição da atividade entre os meses de março e abril, a queda registrada em 2017 foi mais intensa do que a usual", diz a pesquisa.
Segundo a CNI, o fraco desempenho reduziu o otimismo dos empresários, e a perspectiva é de mais demissões na indústria. Em maio, o indicador de expectativa sobre o número de empregados caiu para 48,7 pontos, e continua abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. Embora estejam acima dos 50 pontos, os indicadores de expectativas para os próximos seis meses sobre a demanda, a quantidade exportada e a compra de matérias-primas recuaram um pouco.
O índice de intenção de investimentos para os próximos seis meses ficou em 46,6 pontos em maio, uma queda de 0,4 ponto na comparação com abril. "Apesar do aumento de 7,2 pontos na comparação com o ano passado, as intenções de investir seguem baixas", afirma a entidade.
 

Inda revê projeção de vendas e espera recuo de 2% em 2017

Distribuidoras de aço vêm perdendo participação em alguns mercados

Distribuidoras de aço vêm perdendo participação em alguns mercados


/SINDISIDER/DIVULGAÇÃO/JC
As vendas de aço pela rede de distribuição devem cair 2% neste ano, segundo projeção do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). A entidade revisou para baixo a previsão, que até então era de alta de 5%. De acordo com Carlos Loureiro, presidente da entidade, a revisão reflete um cenário ruim das vendas no primeiro semestre, mas há ainda expectativa melhor para a segunda metade do ano.
Loureiro considerou que o mercado como um todo não está muito aquecido, mas avaliou que, além disso, os distribuidores têm perdido participação de mercado em segmentos em crescimento, caso do automotivo. Fabricantes de autopeças têm se abastecido diretamente na indústria automobilística.
Já no segundo semestre, os números do setor deverão ser favorecidos por uma base de comparação fraca do ano anterior.
O executivo considerou que ainda é difícil estimar qual o impacto nas vendas da atual crise política, gerada pelas delações da JBS envolvendo o presidente Michel Temer. "O problema político cria um compasso de espera em relação ao que fazer", disse a respeito da reação de distribuidores e clientes.
Segundo Loureiro, clientes estão aguardando para entender se, de fato, poderá haver uma retomada da demanda. "Se antes sentíamos que estavam recompondo estoques diante da expectativa de retomada da economia, agora sentimos que está se colocando em compasso de espera tudo o que puder aguardar", afirmou.
Para o Inda, a evolução do setor pela frente vai depender de sinais vindos do horizonte macroeconômico e político. Loureiro avaliou que as empresas deverão ficar atentas às próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para entender se haverá continuidade do corte da taxa de juros Selic e devem ainda observar o andamento da discussão de reformas no Congresso em meio à crise.