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Mercado de Capitais

- Publicada em 23 de Maio de 2017 às 19:37

Ibovespa tem recuperação e sobe 1,60%

As incertezas quanto ao futuro político do País continuaram a influenciar os negócios no mercado brasileiro de ações ontem, mas não impediram um movimento técnico de recuperação do Índice Bovespa. O indicador terminou o dia em alta de 1,60%, aos 62.662,48 pontos. O volume de negócios com ações na B3 somou R$ 9,6 bilhões.
As incertezas quanto ao futuro político do País continuaram a influenciar os negócios no mercado brasileiro de ações ontem, mas não impediram um movimento técnico de recuperação do Índice Bovespa. O indicador terminou o dia em alta de 1,60%, aos 62.662,48 pontos. O volume de negócios com ações na B3 somou R$ 9,6 bilhões.
Segundo analistas, a recuperação foi favorecida por um cenário interno um pouco mais tranquilo e por influências externas positivas, como a alta do petróleo e das bolsas de Nova Iorque. No entanto, acreditam que a volatilidade deve continuar a permear os negócios na renda variável até um desfecho para a crise política em torno do presidente Michel Temer.
Desde o estouro da crise política, o Ibovespa teve dois pregões de queda e dois de alta, perfeitamente alternados. Para Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora, esse comportamento é evidência da falta de referência do mercado.
"O cenário ainda é de muita incerteza e vejo claramente que a Bolsa continuará a alternar altas e baixas no curto prazo, uma vez que é difícil assumir algum partido nesse momento. Esse cai, sobe, cai, sobe é reflexo de que estamos à deriva", disse Figueredo, que atribui a alta de hoje a uma espécie de trégua do mercado, uma vez que não houve notícias que prejudicassem o governo.
Apesar dos esforços do governo para demonstrar que a crise deflagrada pela JBS não abalou a agenda econômica, o mercado mantém a percepção de que são significativas as chances de Michel Temer não terminar o mandato. Com isso, seguem as especulações sobre nomes de substitutos que pudessem representar uma transição relativamente suave, que preserve as reformas estruturais.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, a maior alta foi de JBS ON, pivô da crise política e envolta em uma série de especulações, que subiu 9,70%. É uma pequena recuperação, considerando que somente no pregão de ontem, a ação caiu 31,34%. No acumulado de maio, JBS ON tem perda superior a 35%.
As ações da Petrobras tiveram um dia de ganhos ( 0,77% na ON e 0,67% na PN), contando ainda com a ajuda da alta do petróleo. As da Vale subiram 1,22% (ON) e 0,64% (PNA), apesar da queda do minério de ferro no mercado à vista chinês. Os papéis do setor financeiro avançaram em bloco, com destaque para Banco do Brasil ON ( 2,26%).
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Dólar registra queda de 0,19%

Enquanto não existem sinais claros sobre o futuro político do País, os investidores tentam aprender a viver com a incerteza. O dólar teve uma sessão volátil, mas oscilou em margens estreitas, e terminou em queda leve. Permeia os mercados uma percepção de que a atual equipe econômica pode ser mantida, seja qual for o governo, e tentar avançar com a implementação das reformas estruturais.
O dólar à vista no balcão caiu 0,19%, fechando a R$ 3,2655. O giro registrado pela clearing de câmbio da B3 foi de US$ 1,157 bilhão.
No exterior, apesar do fortalecimento no fim do dia, o dólar operou em queda durante boa parte do pregão, com o petróleo em alta incentivando o apetite por risco. A maré virou no meio da tarde, à medida que surgiram informações sobre a proposta de Orçamento para 2018 feita pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump.