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Trabalho

- Publicada em 16 de Maio de 2017 às 17:24

Nível de emprego volta a aumentar em três regiões

No Estado, fim da colheita da safra de grãos intensificou as demissões

No Estado, fim da colheita da safra de grãos intensificou as demissões


/FLAVIA DE QUADROS/ARQUIVO/JC
Três das cinco regiões brasileiras registraram uma melhora no nível de emprego formal durante o último mês de abril. De acordo com os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apenas as regiões Norte e Nordeste não acompanharam a tendência à retomada das contratações, apresentando resultados negativos.
Três das cinco regiões brasileiras registraram uma melhora no nível de emprego formal durante o último mês de abril. De acordo com os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apenas as regiões Norte e Nordeste não acompanharam a tendência à retomada das contratações, apresentando resultados negativos.
Entre demissões e contratações, o Brasil registrou um saldo positivo de 59.856 vagas de emprego formal durante o mês passado. É o primeiro resultado positivo para um mês de abril nos últimos três anos. Com isso, o total de postos de trabalho aumentou 0,16% em comparação com março deste ano, passando de 38,256 milhões de vagas para 38,319 milhões. Esse total de vagas oferecidas, ou estoque, é o mais baixo registrado desde abril de 2012 quando, após nove anos de crescimento, o estoque atingiu 30,062 milhões de vagas formais.
Em termos regionais, no Sudeste as contratações (607.730) superaram em 46.039 o total de demissões (561.691). Já as regiões Centro-Oeste e Sul contabilizaram, respectivamente, 10.538 e 5.537 contratações acima do total de desligamentos.
Já nas regiões Norte e Nordeste, as demissões superaram as contratações. Na primeira, o número total de desligamentos (43.950) superou em 1.139 o número de admissões (42.811); no Nordeste as demissões (147.170) superaram em 1.119 vagas o total de contratações (146.051).
Entre as 27 unidades da federação, os destaques positivos foram os estados de São Paulo, onde as admissões superaram as demissões em 30.227 postos, seguido por Minas Gerais ( 14.818); Bahia ( 7.192); Goiás ( 7.170) e Paraná ( 6.742).
Já os estados com piores saldos em abril foram Alagoas (-4.008 vagas); Rio Grande do Sul (-3.044); Rio de Janeiro (-2.554); Pará (-1.297) e Pernambuco (-1.169).
O desempenho negativo do Rio Grande do Sul de 0,12% ante a março tem relação com o fim da safra agrícola. O saldo negativo foi puxado pelos setores da agropecuária, com o fechamento de 2.830 postos, e do comércio, que teve queda de 1.374 vagas. No entanto, outros setores tiveram desempenho positivo, com destaque para a Indústria de transformação, com 973 novas vagas, e o setor de serviços, com 155 postos abertos.
Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o resultado nacional é um sinal muito forte de que o nível de emprego tende a melhorar em breve. "Espero que, em maio, comemoremos a retomada do emprego no Brasil. Continuo confiante", disse Nogueira, explicando que, entre os principais setores econômicos, apenas a construção civil não apresentou melhora do nível de emprego durante o último mês, quando o total de demissões deixou um saldo negativo de 1.760 postos de trabalho a menos que em março.
 

Ferraço será relator de reforma na Comissão de Assuntos Sociais

A presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Marta Suplicy, anunciou que Ricardo Ferraço (PSDB-ES) será o relator da reforma trabalhista no colegiado. Ferraço já é o relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e está cotado para a relatoria final do projeto no plenário, o que pode acelerar a tramitação da proposta.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), tornou a dizer que a data provável para que a reforma trabalhista seja votada no plenário do Senado é no início de junho. Marta não quis se comprometer com prazos na CAS, isso porque, antes de ser analisada no colegiado, a proposta terá de passar pela CAE e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o relator é o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR).
Para a oposição, a escolha do mesmo relator é uma forma de correr com a proposta. Marta Suplicy, entretanto, nega que haja intenção de acelerar a tramitação do projeto. "Não há qualquer interesse de votação simultânea da reforma nas três comissões", afirmou.
A senadora minimizou o fato de Ferraço já ser o relator da matéria na CAE e afirmou que as comissões vão trabalhar de forma independente. "Não cheguei a conversar com o senador Jucá, conversei com o Tasso (Jereissati, presidente da CAE) e com o Ferraço, mas cada comissão terá o seu trabalho. Teremos muitas audiências e debates para discutir com profundidade o projeto", disse.
Em princípio, Ferraço já tem pelo menos seis pontos que gostaria de modificar no texto da reforma trabalhista. Entretanto, são questões pontuais, que não alteram a essência do projeto. O senador é considerado moderado e alinhado ao governo Temer.
A presidente da CAS também demonstrou sintonia com o presidente da República. "Não vamos fazer nada sozinhos. É claro que vamos estar em contato e ouvir o presidente da República", afirmou Marta.
A senadora Marta Suplicy disse que existem pontos da reforma que passaram na Câmara e que precisam ser modificados pelo Senado, especialmente os que são relacionados à qualidade de vida no trabalho para a mulher. Mas desconversou sobre a possibilidade de fazer as modificações por medida provisória. "Isso cabe ao presidente", disse.
A sugestão de manter o texto da reforma trabalhista no Senado e fazer modificações por meio de medidas provisórias foi feita pelo próprio presidente Michel Temer em reunião com a bancada do PMDB na última semana. A ideia é não fazer mudanças no projeto para que o texto não tenha que voltar para análise na Câmara.
A sugestão de Temer é entrar em acordo com os senadores sobre os pontos que desagradam no texto, firmar um compromisso de veto na sanção presidencial e editar medidas provisórias para modificações futuras. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, chegou a defender abertamente a sugestão de Temer.

Trabalhadores do estaleiro EBR decidem entrar em greve

Categoria apresentou à empresa proposta de aumento salarial de 10%

Categoria apresentou à empresa proposta de aumento salarial de 10%


/ANTONIO PAZ/ARQUIVO/JC
Os funcionários do estaleiro EBR, localizado em São José do Norte, decidiram ontem entrar em greve por tempo indeterminado. Hoje, será realizada uma assembleia com os empregados do estaleiro da QGI, em Rio Grande, que decidirão se tomam a mesma posição ou não.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves, diz que a tendência é que a opção seja pela paralisação. Os trabalhadores estão discutindo seu reajuste salarial e, até o momento, não chegaram a um acordo com os empregadores.
Inicialmente, os colaboradores reivindicavam um reajuste de 10% e o sindicato patronal contrapôs com 4,05%. Gonçalves revela que a proposta das empresas subiu para 5%, contudo vinculada à retirada de alguns benefícios dos trabalhadores, como o fim da remuneração em um dia de folga. O sindicalista não fala em percentual definitivo, mas espera que seja apresentada uma alternativa satisfatória.
Os dois estaleiros ocupam, atualmente, cerca de 4 mil pessoas. Enquanto o estaleiro da QGI está envolvido com serviços nas plataformas de petróleo P-75 e P-77, o da EBR está focado nas obras da P-74.