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Economia

- Publicada em 08 de Maio de 2017 às 16:46

Petróleo fecha em alta, com comentários de ministro saudita

Agência Estado
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (8) após operarem com volatilidade durante o dia. Comentários do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, apoiaram uma alta nos preços; no entanto, os investidores continuam avaliando a possibilidade de uma extensão nos cortes de grandes países produtores.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (8) após operarem com volatilidade durante o dia. Comentários do ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, apoiaram uma alta nos preços; no entanto, os investidores continuam avaliando a possibilidade de uma extensão nos cortes de grandes países produtores.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,45%, a US$ 46,43 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo tipo Brent para julho avançou 0,49%, a US$ 49,34 por barril.
No início do dia, o ministro saudita afirmou estar confiante de que os cortes na produção liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) serão prorrogados até o segundo semestre ou mais, durante uma conferência na Malásia. Além disso, a vitória de Emmanuel Macron, um centrista favorável ao livre comércio, na eleição presidencial francesa, também ajudou a amenizar as preocupações de que a economia europeia irá se manter previsível.
No entanto, durante a tarde, alguns analistas afirmaram que os comentários de al-Falih podem ter abalado ainda mais a confiança do mercado. Segundo Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates, em Houston, "a conversa de uma extensão mais longa está colocando medo no mercado, porque a situação do excesso de oferta é ainda pior do que nós pensávamos".
A Opep e outros grandes produtores, incluindo a Rússia, concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia no primeiro semestre do ano, em uma tentativa de drenar grandes estoques mundiais. Os países membros do cartel devem se reunir em 25 de maio para decidir se pretendem prolongar a menor oferta por mais tempo. "A Opep estará cometendo suicídio comercial se não conseguir estender os cortes de produção e fornecer um pilar de apoio necessário para dar suporte aos preços", disseram analistas da corretora PVM, em nota. "Como tal, a reunião da Opep agendada para 25 de maio está se configurando como um momento de 'agora ou nunca' para a organização."
Na semana passada, os preços do petróleo foram fortemente pressionados por preocupações de que os estoques globais da commodity não estavam caindo tão rapidamente quanto se esperava, especialmente em meio à contínua elevação da produção dos Estados Unidos. No entanto, alguns analistas afirmaram que o mercado se tornou excessivamente negativo.
"O sentimento no mercado de petróleo é pior do que a situação fundamental", disseram analistas do Commerzbank, em nota a clientes. Os estoques estão caindo e uma extensão dos cortes na produção da Opep provavelmente conduziria a suprimentos menores na segunda metade do ano, afirmaram. "Mesmo o aumento da produção de petróleo dos EUA não faria nada para mudar isso", na visão do Commerzbank. 
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