Mercado eleva para 0,46% projeção de crescimento do PIB em 2017

Os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para a atividade em 2017. Pelo Relatório de Mercado Focus divulgado nesta terça-feira (2), a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano passou de alta de 0,43% para avanço de 0,46%. Há um mês, a perspectiva era de crescimento de 0,47%. Para 2018, o mercado manteve a previsão de alta, de 2,50%. Quatro semanas atrás, a expectativa estava no mesmo patamar.

O mercado voltou a reduzir levemente suas projeções para o IPCA neste e no próximo ano. A mediana para o IPCA ficou em 4,04% para 4,03% neste ano. Há um mês, estava em 4,10%. Já a projeção para o IPCA de 2018 foi de 4,32% para 4,30%, ante 4,50% de quatro semanas atrás. A cotação da moeda americana estará em R$ 3,23 no encerramento de 2017. Este é o mesmo valor projetado uma semana atrás. Há um mês, a expectativa estava nos R$ 3,25. 

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada em abril, os diretores do Banco Central afirmaram que os indicadores permanecem compatíveis com a estabilização da atividade econômica ao longo de 2017.

O câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,17 para R$ 3,18 - os mesmos R$ 3,18 de um mês antes. Para 2018, a projeção para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 3,38, segundo os economistas do mercado financeiro. Quatro semanas antes, estava em R$ 3,40. Já a projeção para o câmbio médio no próximo ano foi de R$ 3,33 para R$ 3,35 - mesma cotação que havia sido prevista quatro semanas atrás no relatório do Banco Central.

A Selic em fim de 2017 segue em 8,50%. Há um mês, estava em 8,75%. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu em abril cortar um ponto percentual da taxa de juros básica, para 11,25% ao ano. A Selic média de 2017 foi de 10,31% para 10,28% ao ano. Há um mês, a mediana da taxa média projetada era de 10,38%. No caso de 2018, a Selic média passou de 8,60% para 8,56%. Quatro semanas antes, estava em 8,75%.

As projeções para a produção industrial indicaram um cenário de recuperação neste e no próximo ano. O avanço projetado para 2017 passou de 1,36% para 1,47%. Há um mês, estava em 1,20%. No caso de 2018, a estimativa de crescimento da produção industrial seguiu em 2,50%, ante 2,06% de quatro semanas antes. Para a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 passou de 51,45% para 51,40% no Focus. Há um mês, estava em 51,70%. Para 2018, as expectativas no boletim Focus seguiram em 55,00%, igual ao verificado um mês atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta terça no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%). Em abril, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA-15 - considerado uma espécie de prévia da inflação oficial - encerrou o mês com taxa de 0,21%.

O mercado manteve a projeção de rombo nas contas externas em 2018, de US$ 37,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 36,50 bilhões. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário, tanto em 2017 quanto em 2018. A mediana das previsões para o IDP em 2017 saltou de US$ 75,00 bilhões para US$ 78,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 75,00 bilhões. A projeção atual do BC para este ano é de IDP de US$ 75,00 bilhões.