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Trabalho

- Publicada em 01 de Maio de 2017 às 19:09

Protestos contra reformas marcam atos do Dia do Trabalho pelo País

Em Porto Alegre, a concentração dos manifestantes ocorreu junto ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção

Em Porto Alegre, a concentração dos manifestantes ocorreu junto ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção


CUT-RS/CUT-RS/DIVULGAÇÃO/JC
O Primeiro de Maio foi marcado por atos contra as reformas trabalhista e da Previdência Social, prestação de serviços ao trabalhador e atrações culturais em várias capitais brasileiras. Em São Paulo, milhares de pessoas acompanharam os atos organizados pela Força Sindical e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em diferentes pontos da cidade. Em seu discurso na praça Campo de Bagatelle, zona Norte da capital paulista, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que representantes das centrais sindicais irão hoje ao Senado Federal para negociar possíveis mudanças nas reformas trabalhista e da Previdência Social.
O Primeiro de Maio foi marcado por atos contra as reformas trabalhista e da Previdência Social, prestação de serviços ao trabalhador e atrações culturais em várias capitais brasileiras. Em São Paulo, milhares de pessoas acompanharam os atos organizados pela Força Sindical e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em diferentes pontos da cidade. Em seu discurso na praça Campo de Bagatelle, zona Norte da capital paulista, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que representantes das centrais sindicais irão hoje ao Senado Federal para negociar possíveis mudanças nas reformas trabalhista e da Previdência Social.
"Não aceitamos a reforma trabalhista como está. E vamos para a Câmara. Vamos para o governo. Se o governo Temer quiser negociar a partir de amanhã (hoje), nós estamos dispostos a negociar. Agora, se o governo não abrir negociação, se o governo não discutir com centrais, se o governo não mudar essa proposta, nós vamos parar o Brasil novamente", disse Paulinho da Força.
Na região Central da capital, na avenida paulista, no ato organizado pela CUT, gritos de "fora, Temer" e palavras de ordem contra as reformas trabalhista e da Previdência deram o tom do evento de comemoração do Dia do Trabalho. O presidente da CUT, Vagner Freitas, falou sobre a possibilidade de uma nova greve geral e de uma marcha para Brasília quando a reforma da Previdência for votada no Congresso. "Vamos ocupar Brasília integralmente e não permitir que haja votação que retire nossos direitos. Estou convocando todos e todas aqui a fazerem a maior marcha que a classe trabalhadora já fez", afirmou.
"A continuidade da greve tem que ser construída. Aos companheiros e companheiras estou propondo que façamos uma outra greve. Vamos discutir no dia 4 numa reunião de todas as centrais e todas as frentes", disse Freitas.
No Rio de Janeiro, na Cinelândia, centenas de pessoas se reuniram nas escadarias da Câmara de Vereadores em ato contra as reformas e a violência policial. Na sexta-feira (28), a polícia usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersão dos manifestantes, causando um corre-corre. Sindicalistas, lideranças sociais e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acusam a Polícia Militar (PM) de ter agido de forma excessiva e ter inviabilizado o comício, que marcaria o fim da greve geral na cidade. Em nota, a PM diz que agiu para combater a ação de vândalos. No mesmo dia, grupo de manifestantes e policiais se enfrentaram em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alejr) e ônibus foram incendiados em outro ponto da cidade.
No outro extremo do Centro do Rio, na praça Mauá, a prefeitura promoveu prestação de serviços, como inscrição para candidatura de vagas de emprego em empresas, e shows de artistas.
Em Porto Alegre, CUT-RS e centrais sindicais organizaram um ato unitário junto ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção. Após concentração, houve pronunciamentos da CUT, CTB, UGT, Intersindical e CSP-Conlutas, com a participação do ex-governador Olívio Dutra.
"Estamos em 2017 e seguimos lutando por nossos direitos", afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. "A classe trabalhadora não tem nada a comemorar, só tem motivos para denunciar e resistir." Ele alertou que "o golpe não para e vê a Previdência e a CLT como oportunidades para tirar direitos dos trabalhadores".
O presidente da CUT-RS ressaltou que a pauta dos golpistas possibilitou a unidade da classe trabalhadora e que se realizasse a maior greve geral da história. "Quem está por trás do golpe está com dificuldade de falar greve geral. Se eles admitirem que foi um sucesso, eles precisam nos ouvir."
 

Em pronunciamento, Temer diz que Primeiro de Maio é momento 'histórico' com reforma trabalhista

Em um rápido pronunciamento, o presidente Michel Temer disse ontem que o 1º de Maio deste ano "marca um momento histórico" por causa da reforma trabalhista. "Iniciamos uma nova fase, uma fase em favor do emprego. Estamos fazendo a modernização das leis trabalhistas e você terá inúmeras vantagens", disse Temer.
O pronunciamento tem 2m30s e foi divulgado na internet na manhã desta segunda-feira. A fala do presidente foi focada na defesa das mudanças nas regras trabalhistas, aprovadas pela Câmara, na semana passada, e que depende agora de aprovação no Senado.
A proposta vem sendo combatida pelas centrais sindicais. "Primeiro, vamos criar mais empregos. Segundo, todos os seus direitos trabalhistas estão assegurados", disse Temer.
Segundo ele, com a reforma trabalhista, a criação de postos de trabalho vai ocorrer de forma mais "rápida".
"O diálogo é a palavra de ordem", afirmou o presidente.
"Há menos de um ano recebemos um País com muitos milhões de desempregados. O desemprego ainda persiste, mas estamos trabalhando o tempo todo para mudar esse quadro", disse o presidente.
De acordo com dados da Pnad divulgados na última sexta-feira (28), o desemprego atingiu 14,2 milhões de brasileiros no primeiro trimestre do ano. O número representa uma alta de 14,9%, ou 1,8 milhão de pessoas, com relação ao período entre outubro e dezembro, quando a taxa foi de 12%.
Temer destacou que a inflação caiu de 10,7% ao ano para 4,5%. De acordo com ele, "a área econômica está recuperando a confiança do País".
"É com trabalho que vamos vencer nossas dificuldades. Os resultados já começam a aparecer", afirmou.