Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Repórter Brasília

- Publicada em 28 de Maio de 2017 às 22:34

Longe de Moro

Ideia que corre nos bastidores do Congresso é um acordão para que políticos fiquem longe de Moro

Ideia que corre nos bastidores do Congresso é um acordão para que políticos fiquem longe de Moro


EVARISTO SA/AFP/JC
Um grupo suprapartidário de senadores quer, mais uma vez, inovar na emaranhada situação da política nacional. A ideia que corre nos bastidores do Congresso Nacional é um acordão para que políticos consigam ficar longe de Sérgio Moro. Entre o que está sendo discutido, por enquanto, nos bastidores, é utilizar uma eventual eleição presidencial indireta parta "anistiar" parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público Federal. Por trás dessa proposta em construção estão principalmente senadores.
Um grupo suprapartidário de senadores quer, mais uma vez, inovar na emaranhada situação da política nacional. A ideia que corre nos bastidores do Congresso Nacional é um acordão para que políticos consigam ficar longe de Sérgio Moro. Entre o que está sendo discutido, por enquanto, nos bastidores, é utilizar uma eventual eleição presidencial indireta parta "anistiar" parte do mundo político e colocar o Congresso como contraponto à Lava Jato e ao Ministério Público Federal. Por trás dessa proposta em construção estão principalmente senadores.
Foro privilegiado
Na ponta final da maquinação, segundo mostra matéria do jornalista Alberto Bombig, no jornal O Estado de S.Paulo, está o compromisso de alterar a Constituição para garantir foro privilegiado a ex-presidentes da República, o que beneficiaria diretamente José Sarney (PMDB), Fernando Collor (PTC), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e, eventualmente, Michel Temer (PMDB), todos alvo de investigações. O grupo suprapartidário de senadores entende hoje que uma eventual eleição indireta para a Presidência deve seguir o modelo bicameral: aprovação de um candidato pela Câmara a ser referendada posteriormente pelos senadores.
Senadores com peso maior
Na prática, isso significaria um peso maior para o voto dos 81 senadores sobre o dos 513 deputados, o que diminuiria drasticamente as chances de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, ser eleito para o Planalto. Ciente desse movimento, os apoiadores de Maia sondaram o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para ser o vice do deputado. Os senadores acham que Maia, uma vez eleito presidente da República, não sobreviveria ao que chamam de "jogo baixo da Lava Jato". Avaliam que a cabeça de Maia se tornaria o troféu a ser apresentado pela longa fila que hoje tenta fazer delação premiada. A gravação feita por Joesley Batista em uma conversa com Temer comprovou, na visão dos senadores implicados na Lava Jato, que o Ministério Público Federal está disposto a tudo para "destruir o mundo político".
Respeito à Constituição
Na avaliação da senadora gaúcha Ana Amélia (PP), "no momento em que a sociedade exige o fim da impunidade, é inadmissível que se discuta a possibilidade de estender o foro privilegiado a ex-presidentes". Segundo Ana Amélia, "o desfecho da crise política depende do respeito à Constituição e da responsabilidade das lideranças".
Imposto sindical
As manifestações que começaram com quebra-quebra na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na última semana, seguiram depois para um encontro neste domingo, no Rio de Janeiro, e, segundo a observação de um parlamentar, vão se espalhar por todo o Brasil. As manifestações não têm como foco a saída de Michel Temer nem as reformas. Por trás, o que faz os sindicatos mobilizarem a população é o fim do imposto sindical, que hoje é uma farra dos sindicalistas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO