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Empresas & Negócios

- Publicada em 22 de Maio de 2017 às 10:41

Títulos públicos voltam a crescer

O pequeno investidor tem uma oportunidade de conseguir ganhos maiores ao proteger seu patrimônio da inflação em meio à turbulência causada pela nova crise política, que atingiu em cheio o governo Michel Temer. A rentabilidade de papéis da dívida pública retornou a patamares que não eram registrados desde o final do ano passado, quando o governo começava a apresentar suas propostas de reformas.
O pequeno investidor tem uma oportunidade de conseguir ganhos maiores ao proteger seu patrimônio da inflação em meio à turbulência causada pela nova crise política, que atingiu em cheio o governo Michel Temer. A rentabilidade de papéis da dívida pública retornou a patamares que não eram registrados desde o final do ano passado, quando o governo começava a apresentar suas propostas de reformas.
Na segunda quinzena de maio, a remuneração do título Tesouro IPCA , que paga a inflação e mais uma taxa de juros prefixada, voltou a ser de 6% ao ano, muito acima dos 4,99% do dia anterior. O novo patamar, ao redor de 6%, não era visto desde dezembro do ano passado.
Foi no começo de dezembro que o presidente Michel Temer apresentou sua proposta de reforma da Previdência. Também naquele mês, o governo anunciou medidas microeconômicas, como a liberação do saldo das contas inativas do FGTS.
Depois da perspectiva de que as reformas econômicas poderiam, de fato, avançar, o mercado passou a prever queda ainda mais acelerada da Selic (taxa básica de juros da economia). O Banco Central indicou que os juros cairiam mais, e a rentabilidade dos títulos públicos recuou de forma mais intensa.
Hoje, a Selic está em 11,25% ao ano. Antes das revelações de que Temer se reuniu com Joesley Batista, da JBS, a expectativa era de que a taxa terminasse o ano em 8,5%, segundo o Boletim Focus. Agora, o mercado começa a falar em uma queda mais lenta dos juros, mas ainda não há uma revisão formal de expectativas. No caso dos títulos prefixados, o ganho saltou de 9,19% para acima de 10% nos papéis com vencimento em 2020, e acima de 11% nos papéis mais longos.
No entanto especialistas dizem que investir neste momento é especular, e isso envolve riscos. "Qualquer movimento agora é especulativo. É uma oportunidade? É. Vale comprar a 6%? Vale. Mas para ganhar os 6% tem que esperar e tem que ser dinheiro novo", sugere Marcia Dessen, diretora da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros). Isso porque o agravamento da crise pode levar a uma reversão de expectativas econômicas e novas altas de juros. Nesse caso, o atual patamar poderia ser menos atrativo do que parece hoje.
Para o professor William Eid Jr., da Fundação Getulio Vargas (FGV), o maior objetivo do brasileiro ao investir ainda é proteger o dinheiro da inflação, mesmo que o cenário de inflação alta hoje pareça distante. O índice oficial de preços hoje está em 4,08% no acumulado em 12 meses, abaixo do centro da meta, que é de 4,5% ao ano. Por isso, investimentos em títulos como Tesouro IPCA ou fundos de renda fixa atrelados a índices podem ser bons investimentos.
Investimentos em títulos com componentes prefixados, como são o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA , são arriscados especialmente se o poupador precisar dos recursos antes do vencimento do título. Em caso de alta da taxa de juros, o investimento se desvaloriza. Se precisar resgatar o valor antes, essa pessoa pode receber menos que o aplicado.
Eid Jr. e Dessen afirmam que, em meio à turbulência, o melhor é não sacar nenhum investimento. Novas aplicações, para aproveitar a alta de remuneração, só devem ser feitas com dinheiro novo, como o das contas inativas do FGTS. Quem quiser adotar a postura mais conservadora deve deixar o dinheiro em investimentos que acompanhem taxas de juros, como Tesouro Selic e Fundos DI.
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