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Política

- Publicada em 18 de Abril de 2017 às 19:38

Papa cita crise ao recusar convite para visitar Brasil

O Papa Francisco citou a crise brasileira ao declinar um convite do presidente Michel Temer (PMDB) para visitar o Brasil. Na carta ao presidente, o líder da Igreja Católica diz que são sobretudo "os mais pobres" que pagam "o preço mais amargo" por "soluções fáceis e superficiais para crises", sem explicitar quais seriam estas.
O Papa Francisco citou a crise brasileira ao declinar um convite do presidente Michel Temer (PMDB) para visitar o Brasil. Na carta ao presidente, o líder da Igreja Católica diz que são sobretudo "os mais pobres" que pagam "o preço mais amargo" por "soluções fáceis e superficiais para crises", sem explicitar quais seriam estas.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já criticou abertamente a reforma da Previdência defendida por Temer. "Os direitos sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio", disse a instituição católica em nota de março enviada a parlamentares.
No apelo, a CNBB evocou Francisco para atacar a reforma previdenciária. "Fazemos nossas as palavras do Papa: 'A vossa difícil tarefa é contribuir a fim de que não faltem as subvenções indispensáveis para a subsistência dos trabalhadores desempregados e das suas famílias. (...) Não falte o direito à aposentadoria, e sublinho: o direito - a aposentadoria é um direito! - porque disto é que se trata."
Em sua mensagem ao governo brasileiro, o pontífice afirma que a crise enfrentada pelo País "não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo".
Continua o Papa: "Porém, não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira".
Segundo o Planalto, Temer ainda era vice-presidente de Dilma Rousseff quando fez o primeiro convite a Francisco. Era 2013, e o Rio abrigava a Jornada Mundial da Juventude, evento católico que reuniu mais de 3,5 milhões de pessoas.
Na sua hora de dizer adeus, em Aparecida (SP), o Papa prometeu: teria volta. "Peço um favor. Com jeitinho. Rezem por mim. Eu preciso. Que Deus os abençoe. E até 2017, quando voltarei."
A ocasião: o aniversário de 300 anos de Nossa Senhora Aparecida - o encontro da imagem da santa por pescadores ocorreu em 1717, no rio Paraíba do Sul. No fim de 2016, com o impeachment de Dilma já selado, o novo presidente brasileiro reiterou formalmente o convite. O Papa justificou sua recusa com problemas de agenda.
 
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