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Política

- Publicada em 11 de Abril de 2017 às 18:50

Michel Temer tenta se distanciar da crise

Michel Temer (c) decidu não se posicionar publicamente sobre o pedido de investigação

Michel Temer (c) decidu não se posicionar publicamente sobre o pedido de investigação


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu não se posicionar publicamente sobre o pedido de investigação de 8 dos seus 28 ministros e determinará que cada auxiliar faça sua defesa individual daqui para frente. No primeiro momento, afirmam assessores, Temer não vai demitir nenhum deles, mas quer evitar o desgaste generalizado de seu governo.
O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu não se posicionar publicamente sobre o pedido de investigação de 8 dos seus 28 ministros e determinará que cada auxiliar faça sua defesa individual daqui para frente. No primeiro momento, afirmam assessores, Temer não vai demitir nenhum deles, mas quer evitar o desgaste generalizado de seu governo.
Segundo a reportagem apurou, a expectativa do Planalto, agora, é pela divulgação dos detalhes das delações da Odebrecht, que mostrará a gravidade das acusações contra cada ministro. Um auxiliar do presidente disse que é preciso ver "o que há contra cada um", ou seja, se os crimes praticados foram eleitorais, como caixa-2, ou mais graves, como recebimento de propina.
Nos inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, os ministros peemedebistas Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) são acusados de cobrar propina para irrigar campanhas eleitorais do PMDB, segundo delações do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e mais cinco executivos. Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "há fortes elementos que indicam a prática de crimes graves", por causa da "solicitação por Eliseu Padilha e Moreira Franco de recursos ilícitos em nome do PMDB e do presidente Michel Temer".
O governo não esperava que o vazamento da lista com os pedidos de investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) acontecesse antes da Páscoa, às vésperas da apresentação do relatório da reforma da Previdência, marcada para a próxima segunda-feira. A avaliação é que os pedidos do ministro Fachin contra ministros e parlamentares podem causar "turbulência" no Congresso. Na lista de Fachin estão 24 dos 81 senadores e 39 dos 513 deputados, incluindo o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA).
No Planalto, a ordem, por ora, é não comentar oficialmente a decisão de Fachin e dizer que Temer mantém sua linha de corte, anunciada em fevereiro. Segundo o presidente, ministros seriam afastados temporariamente do governo caso denunciados e, definitivamente, se virassem réus.
O governo argumentará que as acusações são sobre eventos ocorridos antes de Temer assumir o Planalto. Apesar disso, a avaliação é de que o presidente pode reavaliar a linha de corte caso o desgaste na cúpula da gestão aumente com a divulgação dos detalhes usados pelo Supremo para justificar os pedidos de investigação.
Nas palavras de um assessor presidencial, será difícil para Temer demitir apenas os casos mais graves e não abrir precedentes para exonerar os demais, já que estaria criando exceções para uma regra estipulada por ele próprio.
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