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senado federal

- Publicada em 09 de Abril de 2017 às 16:59

Filho de Renan se mantém aliado do presidente Michel Temer

Enquanto o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ganhava o noticiário na semana passada ao elevar o tom das críticas contra o governo Michel Temer (PMDB), o governador de Alagoas, Renan Filho, primogênito do cacique peemedebista, viajava a Brasília e tentava evitar que a crise envolvendo seu pai respingue nos repasses federais ao seu estado.
Enquanto o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ganhava o noticiário na semana passada ao elevar o tom das críticas contra o governo Michel Temer (PMDB), o governador de Alagoas, Renan Filho, primogênito do cacique peemedebista, viajava a Brasília e tentava evitar que a crise envolvendo seu pai respingue nos repasses federais ao seu estado.
A mudança de postura do líder do PMDB em relação a Temer, ao menos até agora, não ganhou adesão da família. Em Maceió, Renan Filho tenta fugir das polêmicas do pai e manter a boa relação com o governo, além de se concentrar nas articulações para a sua reeleição. "O governo do estado não pode prescindir de investimentos do governo federal. Por que eu deveria abrir mão de duplicar estradas, receber o Minha Casa Minha Vida? Só pelo fato de o senador expressar pontos de vista?", questionou. 
Para opositores, a versão do senador distante do filho é mera jogada de marketing. Já para aliados, a atuação em campos distintos é uma estratégia do clã. A relação entre os dois é descrita como fria por políticos próximos e, segundo eles, o próprio senador incentiva o filho a trilhar carreira independente. O governador afirma que as duas versões estão corretas.
Nos primeiros anos de governo, Renan Filho levou adiante um ajuste fiscal, nomeou técnicos de fora do estado e enfrentou a ira de amigos do pai. A conta veio nas eleições do ano passado, quando o PMDB fez 38 das 102 prefeituras alagoanas, mas perdeu para o PSDB em Maceió e Arapiraca, as duas maiores cidades. No estado, é criticado por ser avesso às articulações de bastidores, característica que é uma das marcas do pai.
Enquanto isso, Renan Filho tem o cuidado de demonstrar fidelidade ao pai. Cita em detalhes cada trecho dos processos enfrentados pelo senador para desconstruir as acusações, incluindo as relacionadas ao caso extraconjugal do pai com a jornalista Mônica Veloso, que custou mágoas em casa. "Toda família tem problemas."
Enquanto Renan, o pai, busca qualquer apoio, Renan, o filho, é aconselhado a se desvencilhar de uma herança que não lhe interessa mais. Em quase uma hora de entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o governador chamou o senador, na maioria das vezes, pelo título do cargo. Mesmo em momentos de informalidade evitou chamá-lo de pai. "Eu tenho um papel próprio. O senador também tem", afirma.

Ala adversária do tenta enfraquecer liderança do peemedebista na Casa

A ala adversária ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) vai dar início a um movimento para enfraquecer o peemedebista e tentar destituí-lo do cargo de líder da bancada no Senado. A articulação conta com o apoio velado do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e de senadores próximos a ele, como Raimundo Lira (PB) e Garibaldi Alves (RN).
Os parlamentares que estão descontentes com Renan lembram que basta a assinatura de 12 dos 22 senadores para determinar o afastamento do peemedebista. Afirmam que um líder de bancada não tem mandato fixo e que essa figura pode ser substituída a qualquer momento, especialmente se não representar mais o posicionamento da maioria dos liderados.
A relação entre o senador e parte da bancada começou a estremecer com as críticas que ele tem feito a Michel Temer e teve seu ápice com a decisão de Renan de retirar a indicação da senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) à presidência da Comissão de Orçamento.