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justiça Eleitoral

- Publicada em 05 de Abril de 2017 às 17:09

Procurador quer convocar o marqueteiro de Dilma

Guido Mantega deve depor hoje na capital paulista

Guido Mantega deve depor hoje na capital paulista


Valter Campanato/Agência Brasil/JC
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, defendeu ontem a imediata intimação do casal João Santana e Mônica Moura para prestar depoimento no processo contra a chapa Dilma Rousseff (PT)-Michel Temer (PMDB) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, defendeu ontem a imediata intimação do casal João Santana e Mônica Moura para prestar depoimento no processo contra a chapa Dilma Rousseff (PT)-Michel Temer (PMDB) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para o vice-procurador-geral, os dois têm informações relevantes para acrescentar ao processo, que pode resultar na cassação do mandato do presidente Michel Temer e na inelegibilidade da ex-presidente Dilma Rousseff.
A partir de um acordo de delação premiada, Santana e Mônica denunciaram movimentação ilegal de dinheiro em todas as campanhas em que participaram no Brasil e no exterior desde 2006, entre elas as dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff. "É muito importante que os dois sejam ouvidos o quanto antes possível", disse Dino.
Segundo ele, se o prazo de instrução foi reaberto para se ouvir o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, como pediu a defesa de Dilma, é natural, então, que se interrogue Santana e Mônica.
Os dois participaram das duas campanhas eleitorais de Dilma e, segundo fontes que conhecem o conteúdo da delação, os dois confirmaram parte das acusações formuladas até o momento por ex-executivos da Odebrecht na fase anterior do processo e acrescentaram novos detalhes ao caso. As informações reforçariam as suspeitas sobre as contas da chapa Dilma-Temer.
"Não posso falar sobre a delação, que está em sigilo, mas posso dizer que as declarações deles seriam relevantes para a elucidação do caso", afirma o vice-procurador-geral eleitoral.
Guido Mantega deverá ser interrogado hoje, em São Paulo. O ex-ministro foi acusado de intermediar pedidos de dinheiro da Odebrecht para a campanha da ex-presidente.
Segundo Dino, apesar da reabertura do prazo de instrução, não é correto dizer que o julgamento foi adiado por tempo indefinido e dificilmente acontecerá antes do fim do mandato de Temer. O vice-procurador argumenta que o ministro Herman Benjamin, relator do caso, é conhecido pela celeridade que imprime aos processos.

Requião acusa presidente de impor 'suicídio coletivo'

Um dia depois de senadores ligados a Renan Calheiros (PMDB-AL) se reunirem em um jantar regado a críticas ao presidente Michel Temer, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) acusou, nesta quarta-feira, o governo de impor à base um "suicídio coletivo" à la Jim Jones, pastor que comandou um massacre que matou 918 pessoas, em 1979, na Guiana. A maioria dos mortos bebeu, a mando do pastor, fundador de uma seita pentecostal cristã, de orientação socialista, veneno misturado a um ponche de frutas.
O peemedebista, que esteve no jantar na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), afirmou que Temer serve, em seus jantares, o "vinho envenenado de Jim Jones" e que, se a base aprovar as reformas que seu governo propõe, vai "morrer eleitoralmente". Temer deve se reunir com um grupo de senadores do partido em jantar nesta quarta-feira, no Palácio do Jaburu.
"Temer está, como Jim Jones, oferecendo vinho envenenado para os soldados, e estamos percebendo que quem toma o vinho morre eleitoralmente", disse o senador.
Requião foi um dos poucos senadores que se mantiveram fiéis à ex-presidente Dilma Rousseff até o fim. Ele votou contra o impeachment da petista e sempre fez críticas a Temer, de quem é correligionário.