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Política

- Publicada em 03 de Abril de 2017 às 22:40

Frentes se mobilizam contra pacote do governo Sartori

Bruna Suptitz
A menção da venda de ativos estaduais, presente no projeto de recuperação fiscal apresentado pelo governo federal, e a inclusão de estatais no pacote de reestruturação em votação na Assembleia Legislativa mobilizaram servidores e deputados a criar frentes parlamentares para levar para a sociedade a defesa que fazem da importância em manter estes trabalhos vinculados ao Estado.
A menção da venda de ativos estaduais, presente no projeto de recuperação fiscal apresentado pelo governo federal, e a inclusão de estatais no pacote de reestruturação em votação na Assembleia Legislativa mobilizaram servidores e deputados a criar frentes parlamentares para levar para a sociedade a defesa que fazem da importância em manter estes trabalhos vinculados ao Estado.
Já no final do ano passado, a partir da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 259/2016, que retira a obrigatoriedade de plebiscito para a privatização ou federalização das companhias Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Riograndense de Mineração (CRM) e de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás), entidades de classe se mobilizaram junto a deputados para a criação das frentes. Duas delas - em defesa da CEEE, presidida por Ciro Simoni, e da Sulgás, liderada por Juliana Brizola (PDT) - foram reinstaladas no mês de março.
Com lucro de R$ 130 milhões em 2016, sendo R$ 66 milhões repassados ao caixa único do Estado, a Sulgás busca os deputados para contrapor o discurso que eles atribuem ao governo contra a estatal. "Dizem que no futuro o governo não teria dinheiro para aportar na Sulgás. Mas o governo nunca precisou aportar recursos, e a tendência é continuar dando lucro", afirma o presidente da Associação dos Funcionários da Sulgás (Assulgás), Neimar Blank.
Mantendo diálogo com os deputados desde junho de 2015, quando, pela primeira vez, o Piratini sinalizou com a venda da companhia de gás, Blank acredita que as estatais contam hoje com o apoio de 27 parlamentares que votariam contrários à PEC - o texto precisa de 33 votos em dois turnos para ser aprovada. São necessários 23 votos contrários para barrar a proposta.
O Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), que representa servidores lotados nas três companhias, tem se mobilizado todas as semanas para comparecer à Assembleia Legislativa em dias de sessão deliberativa. "Além disso, temos 52 moções em defesa dessas estatais, aprovadas em Câmaras Municipais, inclusive com apoio de partidos da base, do próprio PMDB", informa Diego Oliz, diretor de negociações coletivas do Senge-RS. "Estamos mostrando que não só o Estado, mas também as cidades perdem recursos com a venda dessas empresas", completa.
A Câmara de Porto Alegre também se posicionou sobre o tema, aprovando ontem a instalação da Frente Parlamentar em defesa da CEEE, Banrisul, Corsan, Companhia Riograndense de Mineração e Sulgás, proposta pelo vereador Airto Ferronato (PSB). O Banrisul também é tema de frente instalada na Assembleia, a partir de proposta do deputado Zé Nunes (PT), que deve entregar hoje ofício solicitando audiência com o governador José Ivo Sartori (PMDB). Em Brasília, o deputado federal gaúcho Henrique Fontana (PT) está coletando assinaturas para a instalação de uma frente similar na Câmara dos Deputados.
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