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Internacional

- Publicada em 27 de Abril de 2017 às 15:21

Resolução pede calendário eleitoral na Venezuela

Europeus querem que Capriles volte a ser considerado candidato

Europeus querem que Capriles volte a ser considerado candidato


RONALDO SCHEMIDT/RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
Uma resolução apoiada por deputados socialistas foi aprovada no Parlamento Europeu nesta quinta-feira condenando a "repressão brutal" na Venezuela e colocando pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. O texto, que alerta para a existência de "grupos armados irregulares", pede a definição de um calendário eleitoral no país sul-americano como forma de superar a atual crise.
Uma resolução apoiada por deputados socialistas foi aprovada no Parlamento Europeu nesta quinta-feira condenando a "repressão brutal" na Venezuela e colocando pressão sobre o governo de Nicolás Maduro. O texto, que alerta para a existência de "grupos armados irregulares", pede a definição de um calendário eleitoral no país sul-americano como forma de superar a atual crise.
Na avaliação do órgão europeu, há uma "contínua violação inconstitucional da ordem democrática na Venezuela". Citando as tentativas de suspender os poderes da Assembleia Nacional em Caracas, o Parlamento Europeu insistiu em apelar para que o governo "garanta a total restauração da democracia". "Expressamos nossa profunda preocupação com a séria deterioração da democracia e da situação de direitos humanos e socioeconômica, em um clima de instabilidade política e social", alertaram os eurodeputados.
No centro das reivindicações, os deputados querem que Maduro apresente um calendário que permita "um processo eleitoral transparente e livre, como única forma de solucionar o impasse político". Para isso, porém, o líder opositor Henrique Capriles terá de voltar a ser considerado como um potencial candidato. "Pedimos que o governo coloque fim à prática de impedir que líderes da oposição possam exercer seus direitos políticos", diz o texto.
Os europeus ainda apelam ao governo de Maduro para que respeite a Constituição e o mandato dos deputados eleitos, além de promover uma "liberação imediata e incondicional" de todos os prisioneiros políticos. "Não haverá uma solução durável para a Venezuela no longo prazo se existem prisioneiros políticos", alertam.
Os deputados reforçaram um pedido recente da ONU para que o governo investigue as mais de 20 mortes registradas no país nos últimos dias e que permita que protestos pacíficos possam ocorrer. A resolução também cobra Maduro para assegurar a liberdade de expressão e de imprensa e que seja permitida a entrada de organizações internacionais de ajuda humanitária para dar assistência aos setores mais atingidos pela crise.
O texto foi aprovado por 450 votos a favor, 35 contra e 100 abstenções. Um dos partidos que apoiou foi o Socialista, dentro de uma aliança com os grupos de centro-esquerda.
Na noite de quarta-feira, a Venezuela anunciou a saída da Organização dos Estados Americanos (OEA), minutos depois de ser aprovada pelo organismo uma reunião de chanceleres sobre a crise. O movimento é inédito na OEA, criada em 1948.
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