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Internacional

- Publicada em 26 de Abril de 2017 às 16:53

Polícia reprime protestos na Venezuela

Em Caracas, opositores armaram barricadas para obstruir as ruas

Em Caracas, opositores armaram barricadas para obstruir as ruas


JUAN BARRETO/AFP/JC
Milhares de pessoas saíram às ruas ontem em Caracas e outras cidades venezuelanas para exigir eleições gerais, intensificando a ofensiva contra o presidente Nicolás Maduro apesar dos temores de violência - já são quase 30 mortos em cerca de um mês.
Milhares de pessoas saíram às ruas ontem em Caracas e outras cidades venezuelanas para exigir eleições gerais, intensificando a ofensiva contra o presidente Nicolás Maduro apesar dos temores de violência - já são quase 30 mortos em cerca de um mês.
Carregando bandeiras do país, manifestantes começaram a marchar a partir de vários pontos com o objetivo de chegar à sede da Defensoria do Povo, no Centro da capital, considerada um reduto chavista. A polícia impediu a marcha de prosseguir, lançando bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água contra a multidão, que reagiu com pedras, dando início a um novo surto de violência.
Alguns manifestantes, com o rosto encoberto, incendiaram objetos e armaram barricadas para obstruir as ruas. Os militantes chavistas, por sua vez, marcharam pelo Centro de Caracas, se concentrando no lado de fora do Palácio de Miraflores.
Na terça-feira, a Venezuela anunciou que pode sair da OEA (Organização dos Estados Americanos) se o grupo decidir seguir com uma possível reunião de chanceleres para debater a crise no país. Caracas pode ser suspensa do grupo caso não realize eleições gerais "o mais rápido possível", em meio a uma grave crise econômica.
O governo Maduro considera a OEA como um braço da política hostil dos Estados Unidos e tem desprezado o líder da entidade, Luis Almagro, um ex-ministro de Relações Exteriores do Uruguai, que Caracas considera um "vira-casaca" trabalhando para seus adversários em Washington. Para que a Venezuela seja suspensa da OEA, é necessário o voto de dois terços das 34 nações que fazem parte da organização.
A Anistia Internacional divulgou ontem um documento denunciando o aumento das prisões arbitrárias na Venezuela com o objetivo de "silenciar a dissidência política". A conclusão foi apresentada no relatório "Silêncio à Força", no qual a ONG detalha casos e métodos de detenções de opositores.
Entre as práticas que seriam usadas pelo governo, estão prisões sem mandado por parte do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), processos judiciais contra ativistas em manifestações pacíficas por crimes "contra a pátria" e a imposição de medidas de detenção preventiva injustificadas. Também foram denunciadas campanhas difamatórias na mídia contra membros da oposição.
Segundo a ONG, as medidas buscam "obstruir a liberdade de expressão, associação e participação política e também afetam os direitos das pessoas à liberdade, à integridade física e ao devido processo legal". A Anistia Internacional aponta que é "extremamente preocupante" que haja provas que sugerem motivação política como justificativa para detenções arbitrárias.
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