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Internacional

- Publicada em 19 de Abril de 2017 às 15:13

Tensão marca dia de grandes manifestações na Venezuela

Confrontos violentos foram registrados durante os atos em Caracas

Confrontos violentos foram registrados durante os atos em Caracas


RONALDO SCHEMIDT/RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
Opositores e governistas se mobilizaram nesta quarta-feira nas ruas de Caracas e em outras cidades venezuelanas, em uma das maiores manifestações em meio à crescente tensão política e a pedidos internacionais para que o governo do presidente Nicolás Maduro respeite as instituições democráticas. Centenas de guardas lançaram gás lacrimogêneo para dispersar os opositores, que marchavam por uma das principais avenidas da capital. Pelo menos duas pessoas morreram.
Opositores e governistas se mobilizaram nesta quarta-feira nas ruas de Caracas e em outras cidades venezuelanas, em uma das maiores manifestações em meio à crescente tensão política e a pedidos internacionais para que o governo do presidente Nicolás Maduro respeite as instituições democráticas. Centenas de guardas lançaram gás lacrimogêneo para dispersar os opositores, que marchavam por uma das principais avenidas da capital. Pelo menos duas pessoas morreram.
Na noite de terça-feira, Maduro fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, informando a ativação do chamado Plano Zamora, que envolve as Forças Armadas, a Guarda Nacional, a Polícia, a milícia (força armada civil do Estado) e os coletivos (milícias armadas chavistas). Segundo ele, o objetivo era impedir o uso da violência pelos adversários e "a intenção dos EUA de tomar de assalto o poder político na Venezuela", em referência à sua teoria de que é vítima de um golpe de Estado.
Guardas tentaram, em vão, bloquear com equipes antimotim e pequenos tanques uma das vias pelas quais os oposicionistas se dirigiam ao Centro de Caracas, onde ficam as sedes dos Três Poderes. A oposição prometia "a mãe de todas as marchas" para ir até a Defensoria do Povo, onde um ato convocado pelo governo também ocorreu nesta quarta-feira. A oposição exige eleições gerais e respeito à Assembleia Nacional, único poder público em que tem maioria.
Um jovem de 17 anos morreu após ser atingido por uma bala na cabeça. Ele foi identificado como Carlos José Moreno, um estudante de Economia que não resistiu a uma cirurgia para a retirada do projétil. Segundo a família, ele não participava do protesto. Outra jovem, de 23 anos, morreu durante uma manifestação em San Cristóbal, cidade no Sudoeste da Venezuela. Patricia Gutiérrez foi baleada por supostos seguidores do governo.
Em 20 dias, a repressão do governo Maduro aos protestos deixou seis mortos e mais de 300 feridos. Outras 538 pessoas foram detidas, sendo que 241 foram colocadas em prisão preventiva, segundo a ONG Foro Penal.
Maduro comparou a situação atual à de 2002, quando a oposição tentou derrubar Hugo Chávez (1954-2013). "Vamos ao combate, combater os golpistas, com o povo e as Forças Armadas unidas a favor da Revolução Bolivariana", disse. O presidente afirmou que um comunicado do Departamento de Estado dos EUA e o presidente da Assembleia Nacional, Julio Borges, desataram o roteiro para derrubá-lo. No texto, Washington reitera o chamado por eleições, a liberação de presos políticos, o respeito à Assembleia Nacional e o fim da crise humanitária e deplora a violência, mas menciona a punição aos culpados pela repressão aos atos.
 
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