A Rússia saiu ontem em defesa do governo da Síria, acusado de perpetrar um ataque químico numa cidade do noroeste do país que deixou ao menos 72 mortos. A tragédia provocou indignação entre a comunidade internacional.
Moscou afirmou, alegando ter informações "completamente confiáveis e objetivas", que a aviação síria bombardeou um "armazém terrorista" com "substâncias tóxicas". De acordo com a tese russa, ao explodir o depósito, as substâncias teriam se disseminado pela região.
A Rússia também informou que vai continuar com suas operações de apoio às tropas do presidente sírio, Bashar al-Assad. As declarações foram dadas no mesmo dia em o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu em caráter de urgência para examinar as circunstâncias do episódio, que pode ter sido o segundo ataque químico mais letal desde o início do conflito sírio. "Todas as provas que vi sugerem que foi o regime de Assad. Usando armas ilegais contra seu próprio povo", disse o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também condenou o ataque responsabilizando o regime de Bashar al-Assad. "O ataque químico horrível na Síria contra inocentes foi uma afronta à humanidade", disse Trump. O presidente norte-americano não quis adiantar, porém, se mudaria a política em relação ao regime de Assad nem se poderia realizar um ataque militar em território sírio.