Uma explosão no metrô de São Petersburgo, no oeste da Rússia, deixou 10 mortos ontem. Há também pelo menos 39 feridos. O porta-voz da Procuradoria-Geral da Rússia, Aleksandr Kurennoi, chamou a explosão por bomba de ataque terrorista, durante uma entrevista a uma rede de TV. Além disso, um segundo artefato foi encontrado em uma outra estação de metrô, que foi desativada.
"Faremos o melhor para esclarecer os fatores que possibilitaram o ataque terrorista para descartamos tais casos no futuro", disse Kurennoi à rede de TV Vesti-24. A agência de notícias Interfax diz, citando fontes anônimas, que os responsáveis pela explosão foram gravados por câmeras. Todas as estações de metrô em São Petersburgo foram temporariamente fechadas.
A explosão ocorreu em torno das 14h45min locais (às 8h45min em Brasília) entre as estações Sennaya Ploschad e Tekhnologitchesky Institut. Um artefato explosivo estava escondido em uma mala e coberto por estilhaços, segundo a imprensa local - técnica utilizada para maximizar o dano ao redor.
O presidente Vladimir Putin estava na cidade - a segunda em tamanho na Rússia - e planejava se reunir ali com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko. Logo após o ocorrido, ele afirmou que ainda é "muito cedo" para determinar o que causou o incidente, mas a ação poderia ser "criminosa ou terrorista". Putin disse estar em contato com os serviços de segurança.
A Rússia foi atacada, no passado, por militantes chechenos. Em 2010, duas mulheres-bomba atingiram o metrô de Moscou, deixando 38 mortos. Havia ameaças de novas ações desses grupos. Outro risco são os radicais que viajaram à Síria e ao Iraque para lutar ao lado do Estado Islâmico. Estima-se que sejam mais de 3.500 pessoas, cujo retorno à Rússia ofereceria um desafio para a segurança.