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América do Sul

- Publicada em 02 de Abril de 2017 às 16:51

Desabamentos deixam mais de 250 mortos no sul da Colômbia

Desmoronamentos causados pelas cheias deixaram pelo menos 254 mortos e centenas de feridos e desaparecidos em Mocoa, no Sul da Colômbia, desde sábado, segundo informações da Cruz Vermelha do país. O presidente Juan Manuel Santos decretou estado de calamidade pública devido à tragédia, que foi considerada a pior em 25 anos no país sul-americano.
Desmoronamentos causados pelas cheias deixaram pelo menos 254 mortos e centenas de feridos e desaparecidos em Mocoa, no Sul da Colômbia, desde sábado, segundo informações da Cruz Vermelha do país. O presidente Juan Manuel Santos decretou estado de calamidade pública devido à tragédia, que foi considerada a pior em 25 anos no país sul-americano.
As chuvas aumentaram o nível dos rios Mocoa, Sangoyaco e Mulatos, que descem em direção à cidade, e provocaram uma série de deslizamentos de terra cujos sedimentos seguiram a correnteza. Com cerca de 40 mil habitantes, Mocoa está sem energia e abastecimento de água. A enxurrada destruiu a maior parte dos bairros da cidade, bem como as pontes que a ligam ao resto do país.
Moradores dizem que a chuva começou na noite de sexta-feira, mas que as sirenes para que eles deixassem as casas foram tocadas à 0h (2h de sábado pelo horário de Brasília). Devido à quantidade de feridos, os hospitais da região entraram em colapso pela falta de remédios e insumos como esparadrapos, luvas e elementos cirúrgicos.
Mocoa, que fica 630 quilômetros ao Sul de Bogotá, é uma das áreas afetadas pelo fenômeno El Niño, que esquenta as águas do Oceano Pacífico e aumenta a intensidade das chuvas em toda a costa Noroeste da América do Sul.

No Paraguai, jovem é morto por policial após protestos no Congresso

A tensão política no Paraguai provocada pela aprovação, por senadores partidários do presidente Horacio Cartes, de uma emenda à Constituição liberando a reeleição presidencial, se agravou ainda mais neste sábado depois que protestos em Assunção culminaram na morte de um jovem manifestante, atingido por disparos da polícia. Rodrigo Quintana, de 25 anos, era líder da Juventude Liberal, ligada ao oposicionista Partido Liberal e, junto a outras centenas de pessoas, saiu às ruas da capital contra a manobra política de Cartes. O presidente demitiu o ministro do Interior, Tadeo Rojas, e o chefe da Polícia Nacional, Crispulo Sotelo, após o assassinato do jovem líder da oposição.
As manifestações, iniciadas no dia anterior, tiveram violentos confrontos e a polícia deteve mais de 200 pessoas. Na madrugada de sexta-feira, manifestantes chegaram a atear fogo no Congresso. Ficaram feridos por tiros de balas de borracha o opositor e presidente do Senado, Roberto Acevedo; o presidente do Partido Liberal, Efraín Alegre; e o deputado liberal Edgar Acosta. Quintana morreu atingido por uma bala na cabeça, quando a polícia invadiu a sede do Partido Liberal. Além disso, 211 pessoas foram presas, incluindo menores de idade, que ficaram alojados na sede do Grupamento Especializado da Polícia Nacional, segundo uma fonte policial.
Os protestos começaram depois que uma maioria de 25 senadores, de um total de 45, aprovou a portas fechadas um projeto de emenda constitucional que permitiria a Cartes, no poder desde 2013, se candidatar a um novo mandato de cinco anos nas próximas eleições, daqui a um ano. A expectativa era que, em seguida, a proposta fosse ratificada pela Câmara dos Deputados, mas a sessão foi suspensa.

Supremo da Venezuela devolve poderes ao Parlamento

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela reverteu neste sábado a decisão de assumir as funções do Parlamento, que foi acusada de "golpista" e criticada por vários países da América Latina. A Justiça também suprimiu o conteúdo de outra sentença, em que retirava a imunidade dos parlamentares. O Supremo anulou ainda uma decisão que conferia ao presidente Nicolás Maduro amplos poderes para legislar em matéria de crime organizado e terrorismo.
Mais cedo, Maduro se pronunciou sobre a polêmica e pediu ao Supremo Tribunal que anulasse a decisão de retirar do Congresso seus poderes. O anúncio ocorreu poucas horas antes da realização de protestos convocados pela oposição contra o governo e a manobra do Judiciário.
Apesar disso, a oposição anunciou que irá começar um processo para remover os juízes da Corte. "O processo de remoção é necessário e vai começar na sessão desta terça-feira da Assembleia Nacional", disse o deputado Juan Miguel Matheus.
No sábado, o Mercosul iniciou o processo de aplicação da Cláusula Democrática à Venezuela, que poderia resultar na expulsão do país do bloco. A decisão foi tomada numa reunião de urgência, em Buenos Aires. No entanto, como o governo voltou atrás, a medida não deverá ser aplicada.

Apuração aponta para a vitória de Lenín Moreno no Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, deve conseguir fazer seu sucessor. Com 93,63% das urnas apuradas pelo Conselho Nacional Eleitoral, Lenín Moreno, da Aliança País (AP, de esquerda), tinha 51,06% dos votos, contra 48,94% do conservador Guillermo Lasso.
O candidato do Movimento Criando Oportunidades (Creo, de centro-direita) liderava as primeiras bocas de urna com uma vantagem que chegava a cinco pontos. Apenas uma pesquisa indicava a vitória de Moreno. No entanto, ocorreu uma reviravolta e o ex-vice de Correa tomou a dianteira, mesmo que com pequena vantagem, quando a contagem oficial começou.
Indignado, o presidente chegou a se manifestar sobre a discrepância no Twitter. "Estatisticamente isso é impossível. Alguém mente", disparou. Já Moreno foi mais ponderado. "Os dados estão claros. Temos uma vantagem muito considerável", disse.