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Internacional

- Publicada em 01 de Abril de 2017 às 15:17

Protestos explodem no Paraguai após aprovação da reeleição presidencial

Manifestantes colocaram fogo no Senado, e um jovem foi morto durante os protestos

Manifestantes colocaram fogo no Senado, e um jovem foi morto durante os protestos


NORBERTO DUARTE/AFP/JC
Após a aprovação de emenda constitucional para a reeleição presidencial no Paraguai pelo Senado do país na noite dessa sexta-feira (31), uma série de protestos explodiram em reação à decisão. Um jovem foi morto. A Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao país, chegou a ser bloqueada no fim da noite de sexta e foi reaberta na madrugada deste sábado (1).
Após a aprovação de emenda constitucional para a reeleição presidencial no Paraguai pelo Senado do país na noite dessa sexta-feira (31), uma série de protestos explodiram em reação à decisão. Um jovem foi morto. A Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao país, chegou a ser bloqueada no fim da noite de sexta e foi reaberta na madrugada deste sábado (1).
A oposição considera ilegal o segundo mandato, assim como o próprio presidente do Senado, Roberto Acevedom, e logo após a votação protestos começaram a ocorrer fora do edifício do Congresso.
Alguns manifestantes romperam a barreira policial e chegaram ao primeiro andar do edifício, onde incendiaram papéis e móveis. A polícia usou canhão de água e disparou balas de borracha para afastar os manifestantes. A reeleição foi aprovada por 25 dos 45 senadores do País. Os votos pelo sim vieram, principalmente, de membros do Partido Colorado.
Opositores à reeleição, incluindo Acevedom, do Partido Liberal Radical Autêntico, alegam que o processo violou as regras do Senado e um recurso foi enviado à Suprema Corte. A proposta permitirá que o atual presidente, Horacio Cartes, e outros antigos comandantes possam participar das eleições em 2018. Atualmente, o mandato é limitado a cinco anos.
Após a aprovação no Senado, a proposta vai para a Câmara dos Deputados, onde 44 dos 80 membros pertencem ao Partido Colorado. Se aprovado na Câmara, um referendo nacional pode ser agendado. 
O Paraguai se torna o foco mais recente de tensão na América do Sul. A Venezuela atravessa momento de turbulência, após o presidente Nicolas Maduro retirar poderes do Parlamento. Na noite dessa sexta-feira, um acordo com a Suprema Corte reviu a medida. 

Impacto na fronteira com o Brasil

O fluxo na Ponte da Amizade, que liga a cidade paranaense de Foz do Iguaçu, no Brasil, a Ciudad del Este, no lado paraguaio, voltou ao normal de veículos, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante a noite, o fluxo de veículos é baixo, segundo a polícia, e, do lado brasileiro, formado por pessoas que querem regressar às suas casas. Uma fila chegou a ser feita, mas foi rapidamente dispersada, sob orientação da PRF.
Os protestos mais violentos tiveram início na Praça de Armas, ao lado do Congresso, edifício atacado pelos manifestantes. Os incidentes começaram depois que 25 senadores votaram a favor do projeto de emenda nas dependências da Frente Guasú, do ex-presidente Fernando Lugo, sem a presença dos demais legisladores e do presidente do Senado.
O partido de Lugo aprovou a emenda para que o ex-bispo possa concorrer às eleições de 2018, e o Partido Colorado para que o atual presidente paraguaio possa fazer o mesmo. A Constituição paraguaia proíbe a reeleição presidencial.
Com informações das agências Estado e Brasil. 
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