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protestos

- Publicada em 28 de Abril de 2017 às 11:42

Dia de paralisação tem confronto entre manifestantes e Guarda Municipal em Porto Alegre

 A Guarda Municipal usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes

A Guarda Municipal usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Atualizada às 13h30min.
Atualizada às 13h30min.
Um ato em frente a Prefeitura de Porto Alegre, em manifestação que integra os protestos da greve geral desta sexta-feira (28), acabou em confronto entre a Guarda Municipal e funcionários do município. De acordo com o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), 12 servidores ficaram feridos e foram encaminhados ao HPS. A Guarda Municipal usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes, que sofreram os efeitos do gás lacrimogênio lançado pelos guardas.
O grupo foi levado pelos colegas ao HPS. No local, receberam atendimento e foi liberado uma hora depois. O Jornal do Comércio solicitou informação para a Secretaria da Saúde, responsável pelo hospital, mas não teve retorno até o começo da tarde. 
O secretário da Segurança Pública da Capital, Kleber Senisse, disse, em nota, que foi uma "ação normal de controle, sem uso de violência". Segundo ele, a ação da Guarda Municipal foi para impedir a entrada de servidores no Paço Municipal. "Os direitos foram garantidos", declarou Senisse.  
Os manifestantes, a maioria ligados ao Simpa, usavam auto-falantes, faixas e cartazes, protestando contra o Governo Federal e também contra o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Com os protestos e a falta de ônibus, bancos não abriram e também há menor fluxo de pessoas. O Sindilojas divulgou pesquisa mostrando que 75% do comércio registrou queda no movimento.     

Centrais fazem manifestações pela Capital antes de ato unificado

Na Rodoviária, representantes sindicais manifestavam com cartazes e bandeiras

Na Rodoviária, representantes sindicais manifestavam com cartazes e bandeiras


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A greve geral ocorre em todo o país nesta sexta-feira (28), contra as reformas trabalhistas e da previdência propostas pelo Governo Federal, começou com bloqueios nas rodovias na Região Metropolitana de Porto Alegre e no interior gaúcho e confronto em Porto Alegre. Os ônibus não estão circulando na Capital e Região Metropolitana.
Em outros pontos da Capital, manifestantes realizam caminhadas em direção ao Centro Histórico, onde deve ocorrer um ato unificado da greve geral. Em frente ao Hospital de Pronto Socorro, funcionários da saúde montaram um piquete e iniciaram caminhada pela avenida Osvaldo Aranha em direção a área central.
Mais cedo, outro grupo de manifestantes bloqueou os dois sentidos da ponte do Guaíba. Os representantes da Nova Central Sindical realizaram uma caminhada em direção ao Centro da Capital. O presidente da entidade, Oniro da Silva Camilo, disse que as mobilizações têm como objetivo que o Congresso Nacional reveja a sua posição na questão da terceirização, da legislação trabalhista e na reforma da previdência. “Essa é uma luta em defesa dos direitos dos nossos filhos e dos nossos netos. O Governo Federal está escravizando as futuras gerações”, diz.
O grupo seguiu em caminhada em direção a Estação Rodoviária, onde outros representantes sindicais já realizavam manifestações, com cartazes e bandeiras. O representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Alberto Pauleto, revela que o grupo pretende ficar no local até ás 13h, quando irão se dirigir para o Largo Glênio Peres. Ele conta que até os motoristas que passam pelo local tem buzinado e se manifestado a favor das mobilizações. “Até agora temos a informação de que nenhum ônibus está circulando, o que reforça o sucesso da greve”, completa.
No local, estavam ainda representantes do Sindivigilantes do Sul, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs-Sindicato), do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários Interestaduais (Sindirodosul). O diretor do Sindirodosul, Jurandir de Souza dos Santos, diz que a maioria da categoria se manifestou favorável à paralisação “Vão nos descontar um dia de trabalho, mas estamos lutando pelo nosso futuro”, pondera.
O ato unificado pela greve geral em Porto Alegre está marcado para ás 13h no Largo Glênio Peres.