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- Publicada em 23 de Abril de 2017 às 22:21

Arquidiocese devolve administração de abrigos

Dom Jaime Spengler citou questões de violência como um dos motivos

Dom Jaime Spengler citou questões de violência como um dos motivos


JONATHAN HECKLER/JC
Suzy Scarton
Problemas envolvendo questões de segurança, limpeza e violência foram os principais motivos que fizeram com que a Mitra da Arquidiocese de Porto Alegre, instituição que representa o bispado como pessoa jurídica, decidisse devolver a administração das sete casas que acolhem crianças e adolescentes à prefeitura. Embora o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, não tenha querido detalhar as dificuldades, ele deixou claro que a Mitra "não estava dando conta". Quatro das casas já foram entregues à Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e outras três serão devolvidas até o final de maio.
Problemas envolvendo questões de segurança, limpeza e violência foram os principais motivos que fizeram com que a Mitra da Arquidiocese de Porto Alegre, instituição que representa o bispado como pessoa jurídica, decidisse devolver a administração das sete casas que acolhem crianças e adolescentes à prefeitura. Embora o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, não tenha querido detalhar as dificuldades, ele deixou claro que a Mitra "não estava dando conta". Quatro das casas já foram entregues à Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e outras três serão devolvidas até o final de maio.
De acordo com a assistente social e coordenadora do serviço social da Mitra, Dilva Müller, a gestão das casas não é da Arquidiocese, ou seja, a responsabilidade sobre as crianças e adolescentes abrigadas não pertence a eles. "Nosso trabalho diz respeito à seleção e à contratação dos recursos humanos (articulador de equipe, educadores, psicólogos e serviços gerais de cozinha). Trata-se de uma gestão compartilhada, assumimos juntos e, agora, essa participação não ocorrerá mais", explica Dilva. No momento, a intenção é investir na prevenção. "Seguiremos trabalhando com crianças e adolescentes, não só os que estão em abrigos, mas todos que procurarem o serviço."
Cada casa abrigava, em média, 25 menores de idade. Atualmente, restam cerca de 75 menores nas três casas que ainda não foram devolvidas. A prefeitura repassa, mensalmente, R$ 236 mil para esses três abrigos restantes. Atualmente, a Mitra ainda banca 161 funcionários, além da empresa terceirizada de segurança e dos setores de contabilidade e recursos humanos. "Não estávamos dando conta. Além disso, os educadores que contratamos não possuem formação específica, falta profissionalização, uma vez que essas crianças chegam até nós com um perfil bem agravado", comenta Dilva. Agora, a Mitra está concentrando o trabalho em centros sociais - já são dois na Capital e mais um deve ser construído.
De acordo com a prefeitura, a Fasc firmou outra parceria, com a Obra Social Imaculado Coração de Maria (Osicom), que absorveu os funcionários antes geridos pela Mitra. Já foi definido que a Osicom administrará o quadro de recursos humanos dos Abrigos Residenciais para Crianças e Adolescentes 9, 10, 11 e 12, os quatro já entregues pela Mitra. Em nota, a Fasc afirmou que "a Mitra tem uma missão mais voltada para serviços de fortalecimento de vínculos, apoio sócio familiar e formação profissional. O foco no atendimento direto a crianças em situação de acolhimento ocorreu em razão da parceria com a Fasc". A Mitra deve anunciar a entrega da gestão das demais unidades no final de maio, quando já terá sido lançado um novo edital para a efetivação de parcerias.
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