Paralisado desde terça-feira, o trabalho de cozinheiros e auxiliares de cozinha em quatro abrigos da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) não tem previsão de retorno. Apesar de a prefeitura ter efetuado pagamento referente aos serviços prestados em janeiro, a empresa F A Recursos Humanos (Farh), licitada para a função, reivindica os repasses de fevereiro, março e abril, ainda em aberto.
Inicialmente, a Fasc justificou que a falta de pagamento se devia à pendência da apresentação de documentação. A Farh, no entanto, defendeu que já apresentou todos os documentos necessários e que possui contrato com outra entidade municipal, a Procempa, a qual tem mantido os pagamentos em dia. A Fasc afirmou, em nota, que os documentos foram entregues somente na terça-feira.
A empresa afirma que seu contrato junto à Fasc foi encerrado em 18 de março e que, desde então, o funcionamento ocorria sem o aditivo. Conforme Fernando Zanella, da Farh, estão sendo realizadas tratativas a fim de prorrogar o contrato, mas ainda não se chegou a nenhuma conclusão. "Também estamos há dois anos sem receber o reajuste contratual devido em relação ao dissídio da categoria", observa Zanella.
Segundo a Fasc, a nova gestão recebeu o órgão com uma dívida de R$ 14 milhões, o que tem causado dificuldades no cumprimento dos contratos. O pagamento referente a fevereiro está tramitando e deve ser recebido pela Farh na semana que vem.