Sobre o Autor
Gabriela Ferreira -Bruno Todeschini 

MARCAS DE QUEM DECIDE 2016, Pesquisa, pr�mio, solenidade Foto: /BRUNO TODESCHINI/DIVULGA��O/JC

Gabriela Ferreira

Diretora de Inova��o e Desenvolvimento da Pucrs

Pessoas: a tecnologia da inova��o

Quando pensamos em inovação, de forma geral, o que nos vem à cabeça? Tecnologia, novidade e criatividade. Associamos o termo inovação a produtos de tecnologia, desde dispositivos como celulares e computadores até novos medicamentos. E tudo isso é inovação, claro, mas o conceito vai muito além. Inovação de produto é apenas um dos tipos, sendo que existe também inovação de processo, organizacional e de marketing, de acordo com o Manual de Oslo, referência para o tema.
Qualquer inovação traz consigo uma novidade e pode causar desde uma adaptação do mercado até uma mudança completa de paradigma. A criatividade é um componente essencial dos processos inovativos, necessária tanto para pensar em soluções que atendam a uma demanda quanto para resolver questões relativas a como implementá-las.
Porém, quando falamos em inovação, estamos também falando de mudança, impacto social e conexões. E mudar produtos, processos e a maneira como fazemos as coisas requer empreendedorismo: vencer a inércia inicial e perseverar na ação até obter os resultados esperados. Alguém se identifica? O próprio Shumpeter, conhecido como "o pai da inovação", não separava os conceitos inovação e empreendedorismo, e descrevia o empreendedor como aquele que faz a inovação acontecer. Costumamos também ouvir a seguinte equação: inovação é 1% inspiração e 99% transpiração. Inovar significa trabalhar duro para concretizar a visão que a criatividade criou.
A mudança faz sentido quando promove um impacto social positivo. A inovação não é um fim em si mesma, ela tem de ser vista como um meio para atingir uma situação melhor, seja de eficiência ou de eficácia. Ela é, resumindo, uma ferramenta para promover qualidade e desenvolvimento. Promover a inovação num contexto de complexidade e escassez significa fazer conexões entre diferentes recursos. É preciso juntar ideias, conhecimento, processos, que estão bastante espalhados em pessoas e até em países diferentes. Essa articulação que junta as pontas da oferta e da demanda exige, muitas vezes, o "fazer junto", cada vez mais difícil. Em suma, inovar pode passar longe de um equipamento sofisticado, mas vai muito além de ter ideias criativas. Pode exigir muitos e variados recursos, mas possivelmente mais importante do que tê-los seja saber como conectá-los. Quando falamos em inovação, falamos de pessoas. As pessoas sim podem mudar o mundo e gerar impacto social, a partir de conexões, com tecnologia e muita criatividade.
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