Embora a noite tenha sido marcada por um "show da gratidão" ao Atlético Nacional, quando a bola rolou a Chapecoense deixou de lado as gentilezas e venceu por 2 a 1, ontem, na Arena Condá, o confronto de ida da decisão da Recopa Sul-Americana. O estádio deveria ter recebido o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, em novembro. Porém, a tragédia aérea com os catarinenses impediu a continuidade do torneio.
Mesmo sem a disputa, a Chape ficou com o título, a pedido do Atlético, como homenagem às vítimas do acidente que vitimou 71 pessoas. Curiosamente, a situação levou a um novo duelo contra o time de Medellín. Isso porque a Recopa reúne os campeões da Libertadores e da Sul-Americana. E o Atlético foi justamente o campeão da primeira.
O jogo foi realizado em meio a muita emoção e agradecimentos aos colombianos. Um dos momentos mais tocantes foi quando quatro dos seis sobreviventes do acidente, Rafael Henzel, Alan Ruschel, Jackson Follmann e Neto, entraram de mãos dadas no gramado e fizeram discursos de agradecimento ao Atlético e àqueles que deram suporte aos jogadores e demais vítimas da tragédia.
Dentro de campo, a partida foi morna, e a Chape só abriu o placar de pênalti, aos 23 minutos, com Reinaldo. Os colombianos empataram aos 13 do segundo tempo, com Macnelly Torres, mas Luiz Otávio, aos 28, colocou os donos da casa na frente outra vez. Com o resultado, o time catarinense garante o título se empatar no jogo da volta, dia 10 de maio, no estádio Atanásio Girardot, em Medellín.