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Dia da Indústria

- Publicada em 21 de Abril de 2017 às 15:11

Na crise, 'fazer melhor e com criatividade para inovar' é o caminho

Bohn diz que desafios estruturais acabam tirando foco das vendas

Bohn diz que desafios estruturais acabam tirando foco das vendas


/JULIANA MOSCOFIAN/DIVULGAÇÃO/JC
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, os empresários do comércio estão bastante otimistas no que diz respeito às expectativas para o futuro. 
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, os empresários do comércio estão bastante otimistas no que diz respeito às expectativas para o futuro. 
Jornal do Comércio - O senhor acredita em melhora no segundo semestre? Quais fatores podem contribuir para reverter a situação atual?
Luiz Carlos Bohn - Pode haver melhora, sim, mas ainda não chegaremos em uma situação que poderemos chamar de "boa" em 2017. O mercado de trabalho e a renda são os principais determinantes das vendas do comércio, e esses fatores ainda vão patinar neste ano, com a taxa de desemprego se mantendo alta. O alívio pode vir pela melhora da confiança e redução de juros, que tira pressão da situação de endividamento em que se encontram as famílias. Além disso, também vivenciamos uma desinflação, o que ajuda tanto indiretamente por um orçamento menos apertado para as famílias, quanto diretamente, via menor impacto nos custos das empresas.
JC - Como encantar e atrair o consumidor em tempos de dinheiro escasso e concorrência do e-commerce?
Bohn - Na crise, as vendas agregadas estão em queda e, para vender mais, é preciso ganhar da concorrência. Para isso, é preciso fazer melhor o que já se fazia e utilizar a criatividade para inovar. Hoje em dia, não falta informação para auxiliar as empresas nesse sentido. Com a popularização da internet e dos smartphones, os canais para atingir clientes passaram a ser inúmeros, ultrapassando o tradicional contato físico na loja. As empresas precisam entender e se aproveitar disso. Presença em redes sociais, personalização, atendimento de qualidade são formas de gerar experiências positivas para os consumidores e que, não necessariamente, envolvem aumento de custos.
JC - Quanto tempo levará para a retomada do Índice de Confiança do Comércio?
Bohn - Já há uma retomada e, se ainda não há otimismo, o pessimismo se reduz a cada pesquisa. As avaliações das condições atuais, apesar de apresentarem incremento nos últimos meses, ainda são negativas. Tendem a acompanhar o comportamento das vendas. Enquanto não houver retomada mais consistente da economia, é difícil chegarmos a um nível de otimismo. Quanto às expectativas para o futuro, os empresários do comércio já estão bastante otimistas.
JC - Qual é o principal desafio para o empresário do comércio?
Bohn - No curto prazo, é vencer a crise. Ficamos muito tempo com vendas em queda, em magnitudes nunca vistas. Ao mesmo tempo, os juros ficaram altos por muito tempo, tornando o financiamento de prejuízos muito caro. Muitas empresas tiveram que fechar, ficaram descapitalizadas e endividadas. O que torna esse cenário ainda pior são os desafios estruturais, a elevada e complexa carga tributária, e ineficiências e inseguranças da legislação trabalhista. Esses elementos fazem o empresário perder mais tempo se ajustando às regras do que pensando em como pode vender mais e inovar.
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