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Economia

- Publicada em 25 de Abril de 2017 às 14:20

Soja e automóveis puxam exportações gaúchas recordes no 1º trimestre

Embarques de automóveis ajudam a amenizar a perda de vendas no mercado interno

Embarques de automóveis ajudam a amenizar a perda de vendas no mercado interno


JONATHAN HECKLER/JC
A dobradinha soja e automóveis puxou o fluxo externo recorde do primeiro trimestre de 2017. Foi o maior volume embarcado para o período, segundo a série analisada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). As vendas totais somaram US$ 3,318 bilhões, alta de 18,1% frente ao mesmo período de 2016. Foi o maior fluxo financeiro desde 2013 para o primeiro trimestre. O crescimento em valores foi de US$ 509,2 milhões. Segundo a FEE, houve aumento de volume (13,3%) e preço médio dos produtos exportados (4,3%).
A dobradinha soja e automóveis puxou o fluxo externo recorde do primeiro trimestre de 2017. Foi o maior volume embarcado para o período, segundo a série analisada pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). As vendas totais somaram US$ 3,318 bilhões, alta de 18,1% frente ao mesmo período de 2016. Foi o maior fluxo financeiro desde 2013 para o primeiro trimestre. O crescimento em valores foi de US$ 509,2 milhões. Segundo a FEE, houve aumento de volume (13,3%) e preço médio dos produtos exportados (4,3%).
O Rio Grande do Sul respondeu por 6,6% das vendas externas brasileiras, ficando em sexto lugar entre os estados, atrás de São Paulo (22,1%), Minas Gerais (13,3%), Rio de Janeiro (12,1%), Paraná (7,9%) e Pará (6,9%). Os principais países de destino dos produtos gaúchos no trimestre foram China (17,6%), Argentina (11,1%), Estados Unidos (8,6%), Chile (3,7%) e Rússia (3,0%).
O Núcleo de Dados e Estudos Conjunturais da Fundação apontou que as receitas no trimestre voltaram a crescer após quatro anos. Já os preços tiveram elevação após dois anos de queda. “As vendas externas recordes de soja em grãos e de automóveis de passageiros impulsionam o volume histórico do período e esta melhor receita em quatro anos”, explica Tomás Amaral Torezani, pesquisador em Economia do Centro de Indicadores Econômicos e Sociais da FEE.
Soja em grãos teve o maior crescimento, que coincide com a safra, com alta de 235,6% em valor e 194,7% em volume. Foi embarcado 1,031 milhão de toneladas no trimestre,  gerando US$ 407,4 milhões. A China foi o destino de 99,7% do grão. O valor é recorde histórico e foi o maior do que a soma dos primeiros trimestres dos últimos quatro anos, segundo a FEE. Torezani observou que a grande quantidade do grão é resultado das vendas de janeiro e março, que já haviam sido as maiores para os meses. O economista lembra que os produtores seguraram parte do estoque esperando preços mais competitivos. A situação também gerou dificuldades de armazenagem no Estado.
Os embarques de automóveis de passageiros somaram US$ 130,6 milhões, alta de US$ 77,9 milhões, ou 147,8% em valor e de 165,2% em volume frente ao primeiro trimestre de 2016, que também foi recorde histórico para o primeiro trimestre nos últimos três anos. Foram vendidas 15,9 mil unidades de automóveis, enquanto a soma de embarques desde 2014 havia ficado em 12,9 mil unidades. Argentina liderou o destino, seguida pelo Chile. Os negócios são efeito de acordos automotivos feitos desde 2015. Torezani lembra que o mercado externo é alternativa à queda de vendas no mercado doméstico.  
Também contribuíram para o crescimento das receitas no período as vendas de carne de frango, com maior embarque desde 2008, somando US$ 54,9 milhões, 24,8% maiores em valor e 7,3% em volume, a carne suína, com maior embarque desde 2009 (US$ 31,6 milhões maior, altas de 40,6% em valor e 1,3% em volume) e os hidrocarbonetos, aumento de US$ 30,6 milhões, com 59,9% a mais em valor e 3,4% em volume.
Em contrapartida, os produtos que apresentaram as maiores retrações nas receitas foram fumo em folhas (-US$ 111,0 milhões; -40,5% em valor e -35,6% em volume), celulose (-US$ 58,4 milhões; -34,2% em valor e -20,7% em volume), arroz em grãos (-US$ 28,2 milhões; -36,3% em valor e -51,1% em volume), couros e peles (-US$ 20,0 milhões; -17,4% em valor e -12,0% em volume) e farelo de soja (-US$ 11,6 milhões; -8,1% em valor e -10,3% em volume).
Em março, as exportações gaúchas somaram US$ 1,309 bilhão, alta de US$ 169,4 milhões em relação a março de 2016, ou avanço de 14,9%. Os preços pesaram, com alta de 18,7%. O volume recuou 3,3%. Os principais destaques positivos foram a elevação da receita com soja em grãos, que ficou em US$ 184,2 milhões; +292,4% em valor, +241,8% em volume e +14,8% em preços) e automóveis de passageiros (+US$ 42,0 milhões; +172,2% em valor, +193,2% em volume e -7,2% em volume).
No contexto da Operação Carne Fraca da Polícia Federal e de seus possíveis desdobramentos nas exportações brasileiras e em outros estados que não possuem frigoríficos na lista (como o Rio Grande do Sul), as receitas das exportações gaúchas de carnes (considerando as de frango, suína e bovina) cresceram 10,3%, com redução de 8,7% no volume embarcado e elevação de 20,7% nos preços. Separadamente, cada um dos três referidos tipos de carne registrou recuos em seus embarques em relação a março de 2016: -5,5% nas carnes de frango, -18,4% nas carnes suínas e -9,9% nas carnes bovinas.
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