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Economia

- Publicada em 19 de Abril de 2017 às 20:01

Texto da Previdência surpreende governistas

Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) disse que ia fazer uma 'surpresinha'

Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) disse que ia fazer uma 'surpresinha'


LÚCIO BERNARDO JUNIOR/LÚCIO BERNARDO JUNIOR/AG. CÂMARA/JC
As mudanças feitas de última hora pelo relator da Previdência, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), foram uma "surpresinha", como ele mesmo definiu, até para os principais aliados do presidente Michel Temer (PMDB). Integrantes do governo que participam das negociações em torno da nova Previdência disseram que não havia acordo fechado para a alteração na idade mínima para a aposentadoria de trabalhadoras rurais anunciada por Maia nesta quarta-feira, quando a sessão para apresentação do parecer já havia sido aberta.
As mudanças feitas de última hora pelo relator da Previdência, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), foram uma "surpresinha", como ele mesmo definiu, até para os principais aliados do presidente Michel Temer (PMDB). Integrantes do governo que participam das negociações em torno da nova Previdência disseram que não havia acordo fechado para a alteração na idade mínima para a aposentadoria de trabalhadoras rurais anunciada por Maia nesta quarta-feira, quando a sessão para apresentação do parecer já havia sido aberta.
Outro que foi pego de surpresa com a mudança foi o deputado Beto Mansur (PRB-SP), que passou a terça-feira  preparando uma cartilha para traduzir a reforma para parlamentares. Próximo a Temer, ele foi escalado para cuidar da comunicação sobre a reforma no Congresso. Os 500 livretos de 23 páginas, capa em verde e amarelo, intitulados "Reforma da Previdência - conquista dos parlamentares" e assinados pela "base de apoio do governo no Congresso Nacional" foram rodados de madrugada, mas já saíram da gráfica desatualizados. Mansur não revelou o quanto foi gasto, mas afirmou que as despesas serão rateadas entre os partidos da base e que os impressos não serão jogados fora.
A cartilha trazia como novidade a aposentadoria aos 60 anos para trabalhadores rurais e 20 anos de contribuição. Mas na manhã desta quarta-feira a idade caiu para 57 anos no caso das mulheres e o tempo de contribuição foi reduzido para 15 anos para ambos os gêneros.
A definição relativa à integralidade da aposentadoria dos policiais que ingressaram até 2013 também foi comunicada nesta quarta-feira, mas já vem atualizada na cartilha. Isso aconteceu também com o aumento do ritmo de alta da idade mínima da aposentadoria urbana das mulheres.
Com a mudança, a transição será mais rápida até a idade mínima de 62 anos - idade que a ser atingida em 2036. Assim, em vez de levar 20 anos, a transição para elas vai durar 18 anos.
O relator informou que a idade mínima da mulher para quem queria se aposentar por tempo de contribuição, que começará aos 53 anos, vai subir um ano a cada dois anos. Nesta terça-feira, ele havia anunciado que o aumento seria de 11 meses a cada biênio.
A mudança na idade mínima da trabalhadora rural foi anunciada pouco depois do início da sessão destinada à leitura do parecer na comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara. A equipe do relator chegou a divulgar uma versão do relatório à imprensa, mas, menos de meia hora depois, atualizou o documento, com a alteração na regra da aposentadoria rural. "Você acha que eu ia fazer esse relatório e não ia fazer uma surpresinha?", disse Maia.
Nesta quarta-feira, o governo fechou um acordo com a oposição na Câmara que vai atrasar ainda mais a votação da reforma da Previdência. A votação na comissão, foi transferida para 2 de maio, logo após dois protestos contra a reforma convocados para 28 de abril e 1 de maio. No plenário, o primeiro turno deve ocorrer só em 15 de maio.
 
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