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Economia

- Publicada em 18 de Abril de 2017 às 08:48

Bolsas da Europa reagem com queda acentuada a preocupações políticas

Agência Estado
Uma onda vendedora provoca forte retração nas bolsas da Europa na manhã desta terça-feira (18), na volta do feriado de Páscoa. Com os mercados fechados na região ontem, somente agora os investidores reagem ao aumento das tensões entre EUA e Coreia do Norte. A aversão ao risco foi intensificada há pouco, quando a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou planos de convocar eleições gerais antecipadas no país.
Uma onda vendedora provoca forte retração nas bolsas da Europa na manhã desta terça-feira (18), na volta do feriado de Páscoa. Com os mercados fechados na região ontem, somente agora os investidores reagem ao aumento das tensões entre EUA e Coreia do Norte. A aversão ao risco foi intensificada há pouco, quando a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou planos de convocar eleições gerais antecipadas no país.
Às 8h15min (de Brasília), a Bolsa de Londres recuava 1,60% e a libra subia a US$ 1,2661, para o maior patamar em mais de dois meses. Todas as principais bolsas europeias operavam no vermelho: Paris caía 1,18%, Frankfurt tinha retração de 0,56%, Milão baixava 1,07%, Madri recuava 0,77% e Lisboa cedia 1,04%. O índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,87%.
Em pronunciamento, Theresa May disse que irá convocar eleições gerais antecipadas para 8 de junho, uma estratégia que poderá lhe garantir maior margem de manobra para as negociações de saída do Reino Unido da União Europeia - o chamado "Brexit".
May, que assumiu o poder em julho, pouco tempo depois de os britânicos votarem a favor do Brexit, tem uma maioria parlamentar de 17 legisladores. Pesquisas de opinião apontam que ela poderia ampliar essa vantagem no Parlamento significativamente, o que lhe daria mais força nas discussões com a União Europeia sobre o Brexit.
A política já vinha movimentando os mercados europeus. Na reta final da disputa eleitoral na França, as pesquisas de intenção de voto continuam apontando empate técnico de quatro candidatos à Presidência do país - Emmanuel Macron (centro), Marine Le Pen (extrema-direita), Jean-Luc Mélenchon (extrema-esquerda) e François Fillon (centro-direita). A votação em primeiro turno ocorre no próximo domingo, dia 23. O segundo turno está marcado para o dia 7 de maio.
Investidores temem que uma possível vitória de Marine Le Pen resulte em saída da França da União Europeia, assim como ocorreu com o Reino Unido, colocando em risco a existência do bloco e da moeda única - o euro. Como muitos eleitores de Le Pen evitam revelar publicamente o voto, temendo reações adversas, existe a possibilidade de o apoio à candidata ser maior que o captado pelas pesquisas.
Paralelamente, a escala das tensões entre Coreia do Norte e EUA continuam no radar. Ontem, o embaixador norte-coreano na Organização das Nações Unidas (ONU), Kim In Ryong, acusou os EUA de criar "uma situação perigosa em que uma guerra nuclear pode estourar a qualquer momento". Os comentários sucedem os do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que no fim de semana afirmou que a "era da paciência estratégica" com a Coreia do Norte acabou.
Ainda hoje, os investidores acompanham um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, previsto para as 15 horas.
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