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Combustíveis

- Publicada em 17 de Abril de 2017 às 22:11

Preço do litro da gasolina mantém queda no Estado

Posto próximo à avenida Ipiranga na Capital reduziu o valor do litro três vezes em uma semana

Posto próximo à avenida Ipiranga na Capital reduziu o valor do litro três vezes em uma semana


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
O preço do litro da gasolina comum no Rio Grande do Sul mantém a queda registrada semana a semana desde fevereiro. Na mais recente pesquisa da Agência Nacional e Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do litro em abril passou de R$ 3,747, entre os dias 2 e 8, para R$ 3,727, de 9 a 15 considerando as 40 cidades monitoradas. O menor preço foi registrado em Novo Hamburgo, de R$ 3,23, e o maior em Bagé, de R$ 4,43. Em Porto Alegre, a última semana confirma o recuo, com litro médio valendo R$ 3,603, ante R$ 3,655 da semana anterior, R$ 0,05 a menos. Só não mexeu o patamar mínimo, que repetiu R$ 3,399, e o máximo, de R$ 3,899. São monitorados 28 postos. Mas em fevereiro, a média do mês estava em R$ 3,797, e a máxima estava acima dos R$ 4,00.
O preço do litro da gasolina comum no Rio Grande do Sul mantém a queda registrada semana a semana desde fevereiro. Na mais recente pesquisa da Agência Nacional e Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do litro em abril passou de R$ 3,747, entre os dias 2 e 8, para R$ 3,727, de 9 a 15 considerando as 40 cidades monitoradas. O menor preço foi registrado em Novo Hamburgo, de R$ 3,23, e o maior em Bagé, de R$ 4,43. Em Porto Alegre, a última semana confirma o recuo, com litro médio valendo R$ 3,603, ante R$ 3,655 da semana anterior, R$ 0,05 a menos. Só não mexeu o patamar mínimo, que repetiu R$ 3,399, e o máximo, de R$ 3,899. São monitorados 28 postos. Mas em fevereiro, a média do mês estava em R$ 3,797, e a máxima estava acima dos R$ 4,00.
"Pode cair mais o preço da gasolina?" A pergunta lançada como provocação ao frentista José Jacinto Jaques, do posto na esquina das ruas São Manoel com Euclides da Cunha, zona leste de Porto Alegre, é devolvida com uma resposta bem-humorada. "Isso não posso dizer, só o patrão, se não os clientes não vêm, vão esperar baixar mais, né (risos)", sugere Jaques, que na semana passada mudou o cartaz do preço do litro da gasolina comum de R$ 3,479 para R$ 3,459. O posto mexeu três vezes nos preços em uma semana. Primeiro mudou de R$ 3,599 para R$ 3,499, depois foi para R$ 3,479 e, no último lance, estacionou em R$ 3,459. 
A temporada de queda do preço refletiu na inflação em Porto Alegre. O Índice de Preços aos Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), cravou queda de 2,86% no item na primeira semana de abril. Na última semana de março, o IPC-S da gasolina havia recuado 2,27%. O combustível, pelo peso que tem no índice, foi a maior influência para desacelerar a taxa, que foi 0,06 ponto percentual inferior ao do período anterior. O índice geral em Porto Alegre ficou em 0,46% na primeira semana do mês.
O gerente do posto Shell, na rua Santana próximo à avenida Jerônimo de Ornelas, Luís Gustavo Hugo diz que as quedas são efeito da concorrência e vendas 30% a 40% menores nos últimos meses. "A crise financeira faz as pessoas consumirem menos. O parcelamento e atrasos nos salários dos servidores estaduais ajudaram a piorar", elenca Hugo. O gerente diz que, desde o último aumento da gasolina, há dois meses, o preço já caiu 10% sob efeito do cenário mais fraco de consumo. "Chegamos a vender o litro a R$ 3,69, hoje está em R$ 3,479, e pode cair mais. Para o consumidor é bom, mas para nós, que precisamos pagar funcionários e ter lucro, não." Hugo fala que não houve ainda corte do quadro de oito funcionários, mas ele não descarta. "Tomara que já tenhamos chegado ao fundo do poço."
O economista Edson Silva, da consultoria ES Petro, observa que o valor é o menor em 65 semanas. Dois fatores impactaram nesse comportamento dos preços. Um deles foi a queda no consumo, influenciada pelo desemprego e perda do poder aquisitivo dos consumidores, que reflete a recessão recente, cujo ciclo foi disparado em 2015. A outra razão é a política de preços da Petrobras em vigor, que estreou em outubro do ano passado, com correções mensais.
Para Silva, os preços podem cair ainda mais se a Petrobras continuar a política de adequação do preço interno ao do mercado internacional, as distribuidoras repassarem aos postos vantagens da importação do produto da gasolina e o governo não elevar tributos. "Mesmo com a queda recente, o preço médio da gasolina no Brasil está acima da média internacional", atenta Silva. A média estimada é de US$ 1,02, cerca R$ 3,162, seguindo a cotação do dólar oficial de ontem.

Posto de Porto Alegre reduz cotação para motoristas de aplicativos

Ribeiro diz que a demanda de apps compensou a queda de 10% nos demais clientes

Ribeiro diz que a demanda de apps compensou a queda de 10% nos demais clientes


FREDY VIEIRA/JC
O posto na esquina da avenida Ipiranga com a rua Monteiro Lobato, zona Leste de Porto Alegre, baixou os preços ainda mais, mas para motoristas de aplicativos. A placa na calçada em frente ao estabelecimento avisa: "Desconto Cabify, Uber e táxi". Tudo para fisgar o mercado no qual a demanda só cresce, para compensar a queda nas vendas para a clientela geral. "Surgiu a ideia de pegar esses motoristas que usam o combustível como principal insumo. Deu certo, aumentou o consumo em 10%", garante o gerente Rafael Ribeiro. 
Ribeiro reforça que as pessoas estão trocando o carro pessoal pelo transporte acessado pelo aplicativo, o que afetou o fluxo na bomba. Enquanto o litro da gasolina comum está R$ 3,479 para a clientela comum, motoristas de apps pagam R$ 3,429. A promoção começou em 8 de março, e os motoristas de apps já respondem por 10% da compra do estabelecimento. A solução foi no momento certo, pois o consumo tinha caído 10%. "Viraram clientes." O posto, na verdade, copiou a estratégia de vizinhos. A promoção foi adotada apenas pela filial da rede com 22 postos.