IGP-10 tem queda de 0,76% em abril, revela FGV

O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) recuou 0,76% em abril após alta de 0,05% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta segunda-feira (17). O resultado anunciado ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma queda entre 0,85% e 0,48%, com mediana negativa de 0,63%.

No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de abril, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram queda de 1,29% este mês, após recuo de 0,12% em março. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram avanço de 0,42% em abril, após elevação de 0,32% no mês anterior. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve taxa negativa de 0,02%, ante aumento de 0,59% em março.

O IGP-10 acumula alta de 0,30% no ano e elevação de 3,89% em 12 meses. O período de coleta de preços para o indicador de abril foi do dia 11 de março a 10 deste mês. O IGP-DI, que apurou preços do dia 1º a 31 do mês passado, caiu 0,38%, segundo a FGV.

Os preços agropecuários medidos pelo IPA Agrícola recuaram 3,43% no atacado em abril, dentro do IGP-10, informou a Fundação Getulio Vargas. Em março, a queda havia sido de 0,55%. Já os preços dos produtos industriais, mensurados pelo IPA Industrial, tiveram redução de 0,51% no atacado em abril, ante alta de 0,04% em março.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,21% em abril, após retração de 0,13% em março.

Os preços dos bens intermediários tiveram queda de 0,81% este mês, após redução de 0,16% em março. Já os preços das matérias-primas brutas apresentaram redução de 3,49% em abril, após a queda de 0,07% no mês anterior.

Os serviços e materiais usados na construção civil ficaram mais baratos em abril, dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10). O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) registrou recuo de 0,02% no mês, após o avanço de 0,59% em março.

Já o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços teve uma queda de 0,04% em abril, ante uma elevação de 0,35% no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra ficou estável (0,00%), depois do aumento de 0,79% em março.

Pressionaram a inflação do setor de construção em abril os gastos maiores com elevador (1,38%), ferragens para esquadrias (1,21%), metais para instalações hidráulicas (0,72%), portas e janelas de madeira (1,90%) e taxas de serviços e licenciamentos (0,76%).

Na direção oposta, ajudaram na contenção do indicador os itens vergalhões e arames de aço ao carbono (-3,32%), cimento Portland comum (-1,19%), tubos e conexões de PVC (-0,89%), aluguel de máquinas e equipamentos (-0,72%) e projetos (-0,36%).