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Indústria

- Publicada em 11 de Abril de 2017 às 18:45

Indústria cresce em nove dos 14 locais analisados

No Rio Grande do Sul, desempenho fechou acima da média, em 2,2%

No Rio Grande do Sul, desempenho fechou acima da média, em 2,2%


/JESUS ALCAZAR/AFP/JC
Mesmo ficando praticamente estável ao crescer apenas 0,1% entre janeiro e fevereiro, a produção industrial brasileira fechou fevereiro, na série com ajuste sazonal, com expansão em 9 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo ficando praticamente estável ao crescer apenas 0,1% entre janeiro e fevereiro, a produção industrial brasileira fechou fevereiro, na série com ajuste sazonal, com expansão em 9 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional, divulgados ontem no Rio de Janeiro, com informes regionalizados da indústria, os maiores avanços foram obtidos na Bahia, onde o parque fabril cresceu 2,8%; e em Santa Catarina, com alta de 2,8%.
Santa Catarina marcou o quarto mês consecutivo de expansão, período em que a sua indústria acumulou crescimento de 7,4%. Em compensação, a alta verificada na Bahia reverteu a queda de janeiro, que chegou a 4,2%.
Fecharam fevereiro com resultados acima da média de 0,1% as indústrias do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, ambas com a terceira maior expansão do País (2,2%); de Goiás (2,1%); Minas Gerais (2%); Paraná (1,9%); da região Nordeste, que cresceu (1,1%); e São Paulo, que, com expansão de 0,2%, ficou apenas 0,1 ponto percentual superior à média nacional.
Já entre os cinco locais com crescimento abaixo da média nacional, o principal destaque negativo foi Pernambuco, onde a queda de 7,8% ficou 7,7 pontos percentuais abaixo da taxa global da indústria. Também fecharam com resultados negativos o Pará, com queda de 4,1%; e o Espírito Santo (-3,9%), ambos com os resultados negativos mais acentuados em fevereiro. As demais taxas negativas foram assinaladas por Amazonas (-1,1%) e Ceará (-1%).
 

Consumo de bens industriais reforça avaliação de melhora na atividade, segundo o Ipea

O consumo de bens industriais no País tem tendência de melhora, o que reforça a avaliação de que a atividade econômica está melhorando, afirmou o técnico de planejamento e pesquisa Leonardo Carvalho, do Grupo de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais recuou 0,7% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal. O índice soma a produção industrial doméstica e as importações de bens industriais, excluindo as exportações. Na comparação com fevereiro de 2016, entretanto, houve crescimento de 0,4% no consumo de bens industriais, o terceiro resultado positivo consecutivo.
A taxa acumulada em 12 meses também voltou a diminuir o ritmo de queda pelo sétimo mês consecutivo. Em agosto de 2016, a retração acumulada era de retração de 12%. Agora, a taxa passou de um recuo de 6,9% em janeiro para uma redução de 5,9% em fevereiro.
"Esse é um movimento não tão volátil. A taxa em 12 meses já vem reduzindo o ritmo de queda há algum tempo, e isso reforça a nossa percepção de que a atividade está melhorando", declarou Carvalho.
Segundo ele, os resultados do consumo aparente de bens industriais podem continuar flutuando durante algum tempo na comparação com o mês imediatamente anterior. "A partir do segundo semestre, a expectativa é de mais resultados positivos", previu o pesquisador.
O resultado do indicador em fevereiro sugere que parte da produção nacional está sendo escoada para o exterior, tendo em vista que a produção doméstica medida pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve retração de 4,7% nos 12 meses encerrados em fevereiro. No acumulado em 12 meses, o volume importado de bens industriais diminuiu 5,7%, enquanto as exportações acumularam alta de 3,6%.
Considerando-se o consumo aparente por grandes categorias econômicas, os destaques positivos ficaram com as categorias bens de capital e bens de consumo duráveis, que avançaram 8,9% e 3,1% em fevereiro ante janeiro, respectivamente. Na direção oposta, o setor de bens intermediários registrou queda de 2,2% no período, resultado que reverte parte do crescimento de 4,3% acumulado nos três meses anteriores.
Na comparação com fevereiro do ano passado, todas as categorias apresentaram crescimento, com exceção dos bens de consumo semi e não duráveis (-3,8%). O destaque positivo foi o setor de bens de consumo duráveis, que teve alta de 10,2% sobre fevereiro do ano passado, conforme o Ipea.

Industriais comemoram retorno da Camex à pasta de Comércio Exterior

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comemorou o retorno da Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex) ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). A reintegração da secretaria ao Mdic foi feita ontem por meio de decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União. Em nota, a CNI afirma que "as mudanças atendem às propostas da indústria feitas em 2014 aos presidenciáveis e reforçam a expertise técnica necessária ao órgão".
Além de indicar o secretário executivo da Camex, o Mdic passa a presidir o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) e a vice-presidir o Conselho de ministros da Camex. Na avaliação do diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, o Mdic é o "naturalmente o ministério competente para gerir a Camex". "Para se ter uma ideia, das 114 resoluções da Camex aprovadas entre maio de 2016 e março de 2017, quando o órgão estava vinculado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), 73% são de competência técnica do Mdic", afirma o diretor em nota da entidade.
A CNI defende que sejam preservadas e aperfeiçoadas inovações feitas na Camex quando ela esteve integrada ao Ministério das Relações Exteriores. A CNI destaca entre esses avanços a criação dos Comitês Nacionais de Facilitação do Comércio (Confac) e de Investimento (Coninv) e destaca que o decreto publicado hoje inclui ainda outra proposta defendida pela indústria, que foi a criação de um terceiro Comitê Nacional de Promoção Comercial (Copcom), presidido pelo MRE.
A entidade avalia ainda que são necessários outros avanços institucionais, como a retomada do Conselho Consultivo do Setor Privado (Conex), maior frequência da reunião do conselho de ministros da Camex, que se reuniu apenas uma vez durante o governo de Michel Temer. A CNI defende também regras mais claras de transparência nas decisões do colegiado, com divulgação mais célere das atas de reuniões.