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Economia

- Publicada em 06 de Abril de 2017 às 18:28

Oferta de ações da Azul é suspensa por 30 dias

Papéis começariam a ser negociados nesta sexta-feira, depois de três tentativas frustradas da companhia

Papéis começariam a ser negociados nesta sexta-feira, depois de três tentativas frustradas da companhia


/Azul/Divulgação/JC
A oferta pública de ações da companhia aérea Azul, que seria concluída nesta quinta-feira, foi suspensa por 30 dias pela Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com comunicado da CVM, a decisão foi tomada por três irregularidades no processo.
A oferta pública de ações da companhia aérea Azul, que seria concluída nesta quinta-feira, foi suspensa por 30 dias pela Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com comunicado da CVM, a decisão foi tomada por três irregularidades no processo.
Segundo a CVM, houve a publicação na internet de material oferecido a investidores, ficando caracterizado o uso irregular de material publicitário não aprovado pela CVM. Também na apresentação divulgada na web havia dados com projeções sobre valorização dos ativos da companhia com o investimento feito nos ativos da TAP, o que não consta nos documentos da oferta de ações.
"Tal fato caracteriza infração, uma vez que o material publicitário não poderá conter informações diversas ou inconsistentes com as constantes do prospecto da oferta", diz a nota da CVM. Ainda de acordo com a CVM, também houve divulgação de informações na imprensa de caráter sigiloso sobre a procura pelos papéis e precificação das ações, entre os dias 4 e 5 de abril passados, o que também caracteriza infração.
Além de suspender a oferta de ações, a CVM também determinou a publicação imediata de comunicado ao mercado, informando a decisão da suspensão, que poderá ser revogada se as irregularidades apontadas forem devidamente corrigidas. Caso contrário, o pedido de registro da oferta será indeferido, diz o comunicado da CVM.
As ações da Azul Linhas Áreas deveriam começar a ser negociadas na bolsa de valores nesta sexta-feira, depois de três tentativas frustradas de abrir seu capital (o chamado IPO, na sigla em inglês). A expectativa era que a operação movimentasse entre R$ 1,37 bilhão e R$ 2,2 bilhões, o que seria o maior IPO de uma empresa brasileira desde 2013. A empresa havia sugerido preço entre R$ 19 e R$ 23 por ação. O lote principal tinha 72 milhões de ações.
Segundo profissionais de mercado, havia muito interesse dos investidores pelos papéis por se tratar de uma empresa conhecida e com boas perspectivas para o futuro. Sua frota, de 123 aeronaves, tem idade média de 4,8 anos. Embora o setor aéreo tenha uma série de riscos, a Azul é considerada uma empresa com algumas vantagens sobre suas competidoras, porque tem frota nova, o que reduz os custos de manutenção.
Fundada pelo empresário americano David Neeleman, a Azul tentou fazer seu IPO pela primeira vez em 2013, e outras duas vezes, no ano seguinte. Mas acabou adiando a iniciativa devido ao cenário desfavorável da economia. A Azul teve, no ano passado, um prejuízo líquido de R$ 126,3 milhões, resultado melhor que a perda de R$ 1,1 bilhão de 2015. Procurada, a Azul informou que não comentaria a decisão da CVM.
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