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Economia

- Publicada em 06 de Abril de 2017 às 17:45

Encontradas bactérias em oito amostras de frigoríficos

Consumidores devem ficar atentos ao número do SIF dos produtos

Consumidores devem ficar atentos ao número do SIF dos produtos


/RODRIGO FONSECA/AFP/JC
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou, nesta quinta-feira, que 39 amostras de produtos dos 21 frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca apresentaram problemas de ordem econômica ou de saúde pública. A força-tarefa do ministério analisou 302 amostras de diferentes lotes e marcas, em uma auditoria independente da investigação da Polícia Federal. Do total de amostras, oito apresentaram problemas de saúde pública.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou, nesta quinta-feira, que 39 amostras de produtos dos 21 frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca apresentaram problemas de ordem econômica ou de saúde pública. A força-tarefa do ministério analisou 302 amostras de diferentes lotes e marcas, em uma auditoria independente da investigação da Polícia Federal. Do total de amostras, oito apresentaram problemas de saúde pública.
Sete laudos de análises de hambúrgueres continham a bactéria salmonella, vindos de três lotes diferentes da marca Novilho Nobre, do frigorífico Transmeat. Já na linguiça cozida do frigorífico FrigoSantos, de Campo Magro (PR), foi encontrada presença de Staphylococcus coagulase positiva.
Todos os produtos que continham problemas de saúde pública serão descartados, segundo o secretário executivo do ministério, Eumar Novacki, pois não servem para nenhum tipo de subproduto. A presença dessas bactérias pode causar problemas como diarreia e vômito. Além disso, 31 amostras apresentaram problemas de ordem econômica, como não observância de critérios técnicos ou fraude dolosa, mas que não colocam em risco a saúde dos consumidores, segundo Novacki.
Entre amostras estavam lotes de embutidos que continham excesso de amido e ácido sórbico, um conservante proibido em linguiças e salsichas, produzidas pelos frigoríficos Souza Ramos, de Colombo (PR), e Peccin. Já nos produtos dos frigoríficos BRF, de Mineiros (GO), e Frango DM, de Arapongas (PR), foram encontrados excesso de água no frango. Segundo Novacki, todos os produtos já foram recolhidos e as unidades estão passando por inspeções técnicas.
A lista dos frigoríficos auditados estará disponível no site do Ministério da Agricultura. O secretário executivo explicou que os consumidores devem ficar atentos ao número do SIF (Serviço de Inspeção Federal) dos produtos, que é a melhor forma de identificar as marcas que apresentaram problema.
Segundo Novacki, o ministério já iniciou os procedimentos para cancelamento do SIF dos frigoríficos: Peccin (SIF 825), de Jaraguá do Sul (SC); Peccin (SIF 2.155), de Curitiba (PR); e Central de Carnes (SIF 3.796), de Colombo (PR). Todas essas unidades já estão interditadas, e outros frigoríficos podem ter o registro cassado à medida que as investigações avancem. "Todos, pequenos, médios ou grandes, terão que pagar pelos erros detectados, e o ministério vai agir de modo muito duro", disse.
A Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, foi deflagrada no dia 17 de março para apurar suspeitas de irregularidades na produção de carne processada e derivados, bem como na fiscalização do setor. Dias depois, o Ministério da Agricultura anunciou a suspensão da licença de exportação das 21 plantas de frigoríficos sob investigação na operação.
Nesta quinta, Novacki informou que três desses frigoríficos já foram liberados para exportação, pois não apresentaram irregularidades: Breyer & Cia, de União da Vitória (PR); Argus, de São José dos Pinhais (PR); e Madero, de Ponta Grossa (PR). O restante continua com restrições nas exportações.
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