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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Abril de 2017 às 16:23

Sistema misto

O voto em lista fechada, que causou celeuma nas últimas semanas, e o voto distrital, em que o Brasil é dividido em 513 distritos e os deputados concorrem em eleições majoritárias, poderá ser a nova realidade das eleições no Brasil. Uma proposta de emenda à Constituição de 2007 que mistura os dois modelos poderá ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e institui um sistema misto, em que o eleitor tem dois votos: um no partido e outro no candidato.
O voto em lista fechada, que causou celeuma nas últimas semanas, e o voto distrital, em que o Brasil é dividido em 513 distritos e os deputados concorrem em eleições majoritárias, poderá ser a nova realidade das eleições no Brasil. Uma proposta de emenda à Constituição de 2007 que mistura os dois modelos poderá ser votada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado e institui um sistema misto, em que o eleitor tem dois votos: um no partido e outro no candidato.
Distritos informais 
Mas o Brasil já vive um sistema distrital informal por conta das emendas parlamentares. Essa é a hipótese do artigo "Distribuição espacial do voto e destinação de emendas parlamentares no Brasil: distritos informais e debilidades da representação estadual", de Clóvis Alberto Vieira de Melo, Kelly Cristina Costa Soares e Luan Pabllo Silva Oliveira, todos da Universidade Federal de Campina Grande. O esforço dos deputados em redesenhar as políticas da União e a existência de municípios-base atestam isso. 
Lógica distrital 
"Esses dois fenômenos associados produzem um distanciamento dos deputados federais em relação às ações de cunho nacional, para a qual efetivamente foram eleitos, em detrimento de ações paroquiais, de custos difusos e benefícios concentrados, sendo isso conectado ao processo eleitoral. Por outro lado, esses fenômenos produzem uma lógica distrital que levam a constituição de distritos informais e permitem aos eleitores estreitar laços com os representantes através de benefícios destinados aos municípios, onde os parlamentares obtiveram dominância eleitoral", escreveram.
Família brasileira
O deputado federal Alceu Moreira (PMDB) comparou o Brasil a uma família com filhos ingratos. "Gerir um país do tamanho do Brasil é semelhante à nossa família; seja ao longo da sua vida generoso aos seus filhos, e é necessário que seja, mas dê para ele a falta de limites, tudo pode, a qualquer tempo, a qualquer custo, tudo pode, e colherás certamente o arrependimento amargo de ter dado para ele mais do que devia", disse.
Cobrar quem não deve
"Um país que é capaz, de maneira perdulária e irresponsável, de dizer que tudo pode à custa do voto acaba como nós acabamos: a economia em frangalhos, e aqueles que pensavam que eram abençoados pelos generosos, porque lhes passavam a mão na cabeça, hoje levantam de manhã sem um pedaço de pão para dar para o filho, porque o presente foi o desemprego. De tanto cobrar de quem não deve, para pagar quem não merece, quebramos o Brasil", completou Alceu.
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