Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Contabilidade

- Publicada em 26 de Abril de 2017 às 12:13

Empresas familiares: desafios e diferenciais

Rafael Biedermann
As empresas familiares representam uma parcela vital da economia, contribuindo com cerca de 70% do PIB global e criação de milhões de empregos. Entretanto estudo da PwC Global Family Business Survey, realizado com 2.802 dos principais gestores das empresas familiares de 50 países, incluindo o Brasil, mostra como esse segmento necessita de um planejamento estratégico efetivo, especialmente no que diz respeito à sucessão e enfrentamento às mudanças tecnológicas.
As empresas familiares representam uma parcela vital da economia, contribuindo com cerca de 70% do PIB global e criação de milhões de empregos. Entretanto estudo da PwC Global Family Business Survey, realizado com 2.802 dos principais gestores das empresas familiares de 50 países, incluindo o Brasil, mostra como esse segmento necessita de um planejamento estratégico efetivo, especialmente no que diz respeito à sucessão e enfrentamento às mudanças tecnológicas.
A edição da pesquisa global indica que 43% das empresas familiares não possuem um plano de sucessão; 80% das respostas indicam que a geração atual na gestão deseja permanecer envolvida na empresa; e 61% dos entrevistados dizem que será difícil desvincular-se totalmente após a sucessão.
Uma em cada quatro empresas familiares diz sentir-se vulnerável à disrupção promovida pelas novas tecnologias digitais. Trata-se de um número baixo. Há, porém, dificuldade da geração atual em aceitar ideias da geração futura: 33% dos entrevistados brasileiros e 40% das respostas globais apontaram essa realidade. Em relação às questões tecnológicas, 40% dos brasileiros acreditam que a estratégia atual para o mercado digital é adequada, semelhante ao resultado global, de 41%.
O empresário é diretamente impactado pela boa ou má gestão pública e pelas oscilações da economia: 65% dos empresários afirmaram que o principal desafio são as condições de mercado - e 64% referem-se às políticas governamentais e à legislação. Para encarar esses desafios, as empresas devem direcionar atenção e investimento em determinados pilares de governança familiar, a partir de um planejamento que envolva questões familiares, societárias e relacionadas aos negócios e à gestão.
As empresas familiares possuem características específicas: ao mesmo tempo em que é preciso gerir a corporação, há que se lidar com questões familiares fora da esfera organizacional. Seus gestores têm orgulho, paixão, senso de dever e persistência. Têm como missão a continuidade do legado familiar. Junto a isso, surge o dever de enfrentar a ascensão das novas gerações de líderes, sentindo a necessidade de se prepararem para exercer a função. Somente assim eles conquistam a confiança da família e do mercado, assumindo o papel de líder, mantendo a solidez da empresa, impulsionando o negócio e trazendo inovação.
Em relação ao futuro, os empresários brasileiros estão confiantes: 79% deles preveem crescimento nos próximos 5 anos. E, para viabilizar esse crescimento, 93% das empresas pretendem utilizar financiamentos externos, enquanto 71% usarão recursos próprios. Chama a atenção que as empresas familiares brasileiras identificam seus diferencias na cultura e nos processos de decisão mais ágeis, sendo que 93% delas têm ao menos um procedimento/mecanismo implantado para lidar com conflitos familiares, enquanto a média global é de 82%.
Contextualizando o cenário do Brasil, a pesquisa NextGen - Grandes Expectativas, também da PwC, mostrou que 92% dos brasileiros da futura geração de líderes querem deixar a sua marca na empresa, e 83% dos entrevistados no Brasil estão preocupados com a administração de questões familiares.
O que se pode concluir é que estamos diante de um cenário de mudanças tecnológicas que necessita de enfrentamento por parte das organizações, e aquelas que souberem colocar em prática seu planejamento estratégico de forma efetiva, identificar seus diferenciais, e fizerem isso aliando boas práticas de governança, têm mais chances de se destacarem no mercado. A nova geração de líderes se mostra empenhada em obter experiência para exercer a liderança para dar perenidade ao negócio, bem como expandi-lo e modernizá-lo. Inovação e tradição caminham juntas nessa jornada.
Sócio da PwC Brasil, especialista em auditoria e asseguração
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO