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JC Contabilidade

- Publicada em 23 de Abril de 2017 às 14:39

Reforma da Previdência vai além da aposentadoria

Em 2030, o Brasil terá mais pessoas com 65 anos ou mais do que crianças de zero a 14 anos

Em 2030, o Brasil terá mais pessoas com 65 anos ou mais do que crianças de zero a 14 anos


/PIXABAY/DIVULGAÇÃO/JC
A reforma da Previdência Social em negociação no Congresso tem efeitos que vão muito além das regras para a aposentadoria. Fazer o brasileiro se retirar do mercado de trabalho mais tarde vai ajudar a equilibrar as finanças de um País que tem rombo estimado nas contas deste ano em R$ 180 bilhões. Sem a reforma, o gasto com a Previdência em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) iria dobrar até 2060.
A reforma da Previdência Social em negociação no Congresso tem efeitos que vão muito além das regras para a aposentadoria. Fazer o brasileiro se retirar do mercado de trabalho mais tarde vai ajudar a equilibrar as finanças de um País que tem rombo estimado nas contas deste ano em R$ 180 bilhões. Sem a reforma, o gasto com a Previdência em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) iria dobrar até 2060.
Para evitar que os efeitos desejados com a reforma diminuam, é preciso ter políticas para que o mercado aceite trabalhadores mais velhos e apoie a mulher para incentivá-la a entrar no trabalho remunerado. Especialistas citam creches em horário integral, apoio no cuidado de idosos e doentes, responsabilidade que a sociedade delega às mulheres, principalmente no momento em que o envelhecimento avança rapidamente. Em 2030, teremos mais pessoas com 65 anos ou mais do que crianças de zero a 14 anos.
A informalidade no mercado é outro ponto a ser atacado. Ainda hoje, 42% dos trabalhadores não contribuem para a Previdência Social. Com o endurecimento das regras para aposentadoria, exigindo que se comprove 25 anos de contribuição, esses trabalhadores vão acabar no sistema de assistência social. Política de saúde preventiva também ajudaria a evitar as ausências no trabalho dos mais velhos. Cerca de 80% da população de 65 anos ou mais tem, pelo menos, uma doença crônica. Isso diminui a vantagem dos mais velhos no mercado. E a aposentadoria por invalidez vem aumentando. Pelos dados de Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), eram 64 mil benefícios por invalidez em 1992. Em 2015, o número já chegava a 170,6 mil. 
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