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Empresas & Negócios

- Publicada em 10 de Abril de 2017 às 18:15

Minha Porto Alegre em alerta

Carolina e Tronco comemoram as conquistas e esperam poder continuar com as ações que buscam tornar melhor o dia a dia dos cidadãos

Carolina e Tronco comemoram as conquistas e esperam poder continuar com as ações que buscam tornar melhor o dia a dia dos cidadãos


/MARCO QUINTANA/JC
Camila Silva
Um acidente, duas pessoas mortas e uma comunidade indignada com a situação. Em dezembro de 2015, os moradores no bairro Menino Deus presenciaram mais um acidente com vítimas fatais. Diante da situação, procuraram a rede Minha Porto Alegre com o objetivo de chamar a atenção dos administradores públicos. A mobilização "Sinaleira Já!" deu resultado. Atualmente, o cruzamento das ruas Miguel Couto e Dona Augusta conta com uma ampla sinalização, com o objetivo de diminuir os recorrentes acidentes no bairro. Para que outras ações como esta sejam realizadas, o projeto necessita de apoio emergencial. "Corremos o risco de encerrar as atividades por não ter mais recursos para pagar os custos operacionais das mobilizações", lamenta a psicopedagoga Carolina Soares, uma das fundadoras do projeto.
Um acidente, duas pessoas mortas e uma comunidade indignada com a situação. Em dezembro de 2015, os moradores no bairro Menino Deus presenciaram mais um acidente com vítimas fatais. Diante da situação, procuraram a rede Minha Porto Alegre com o objetivo de chamar a atenção dos administradores públicos. A mobilização "Sinaleira Já!" deu resultado. Atualmente, o cruzamento das ruas Miguel Couto e Dona Augusta conta com uma ampla sinalização, com o objetivo de diminuir os recorrentes acidentes no bairro. Para que outras ações como esta sejam realizadas, o projeto necessita de apoio emergencial. "Corremos o risco de encerrar as atividades por não ter mais recursos para pagar os custos operacionais das mobilizações", lamenta a psicopedagoga Carolina Soares, uma das fundadoras do projeto.
Para evitar que isso ocorra, há cerca de um mês, a equipe lançou uma campanha de microfinanciamento na internet (www.apoia.minhaportoalegre.org.br). O site possibilita efetuar contribuições únicas ou mensais, a partir do valor de R$ 15,00. É possível também visualizar todas as campanhas realizadas pelo projeto. O projeto tem dinheiro em caixa para se manter apenas até o final abril. "As doações são fundamentais para mantermos as atividades", destaca Giordano Tronco, mobilizador da rede.
Desde 2015, o projeto Minha Porto Alegre atua em prol da melhoria da cidade por meio das mais diversas mobilizações para o funcionamento da cidade. Todas as ações são feitas em parceria com a comunidade. A iniciativa nasceu a partir do projeto carioca Meu Rio. A ideia fez tanto sucesso na capital fluminense que os organizadores decidiram expandir o modelo para outras cidades do País. Inspirados na ideia, Carolina e o mestre em Economia de Desenvolvimento Bruno Paim idealizaram o projeto da capital gaúcha. Porto Alegre concorreu com mais de 200 cidades e foi uma das escolhidas para integrar a rede.
A partir da aprovação, iniciaram-se as campanhas de arrecadação de recursos para implementar o projeto. Em seis dias, os fundadores recebem mais de R$ 6 mil em doações e, com este valor, iniciaram as atividades. Além da mobilização "Sinaleira Já!", ao longo de um ano e cinco meses de existência, seis ações idealizadas obtiveram resultado positivo.
Entre elas, a mobilização para pressionar a aprovação da lei da merenda orgânica, que obriga as escolas municipais a inserirem esses produtos orgânicos no lanche escolar. A partir da ferramenta "Panela de Pressão", diversas mensagens foram enviadas para as autoridades, o que resultou na aprovação da legislação. Até o final deste ano, 10% da merenda escolar será composta de produtos orgânicos, chegando, gradativamente a 50% até 2021.
O objetivo principal do projeto é canalizar demandas que não estão sendo atendidas pelo Executivo e pelo Legislativo municipal. As mobilizações são feitas com estratégias on-line (redes sociais, e-mails). No caso da "Panela de Pressão", por exemplo, é enviada uma mensagem direta para o correio eletrônico dos alvos da mobilização (secretários, vereadores e prefeito).
O objetivo é engajar o maior número de pessoas para enviar centenas de e-mails com a mesma demanda, pressionando os destinatários. Além disso, as petições se destacam por permitirem que pessoas assinem se são contra ou a favor de determinado tema. As assinaturas são entregues ao responsável governamental durante um evento público. Nas mobilizações, são realizadas reuniões com representantes políticos e definidas ações de rua e articulação de atos sociais. Para cada mobilização é lançado um site específico, no qual é possível acessar todas as informações sobre a causa que está sendo reivindicada.
Atualmente, nove cidades integram a rede e compartilham estratégias de mobilização e a tecnologia utilizadas. Além disso, realizam ações em parceria, como a ação "Mapa do Acolhimento", resultado de uma pesquisa com mais de 2 mil voluntários que se dispuseram a avaliar serviços públicos de atendimento a vítimas de violência sexual no Brasil. No mapa, é possível que as mulheres vejam o resultado das avaliações.
O verde representa os serviços bem avaliados; o vermelho, os mal avaliados; e os amarelos, os serviços com déficits a serem resolvidos. Além disso, foi desenvolvida uma cartilha para orientar as pessoas que sofrem violência doméstica.
Outro ponto do projeto é a aproximação dos cidadãos com os políticos. O projeto Minha Porto Alegre desenvolve soluções para estabelecer canais de acesso à informação por meio da internet, dando à população o poder de participar da vida política da cidade não apenas no período de eleições. "É com a democracia participativa que iremos solucionar muitos problemas da cidade", defende Carolina.
A fim de facilitar esse contato, durante toda semana, a coordenadora de relacionamentos Clara Alencastro frequenta a Câmara de Vereadores, acompanhando assembleias, manifestações, protestos e audiências públicas. No site minhaportoalegre.org.br, no link "a política mora ao lado", é possível acompanhar essa rotina. "A política não está distante do nosso dia a dia, ao contrário, ela mora ao lado", defende Clara.
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